sábado, 13 de abril de 2013

Pessoas são prisioneiras da falta de acessibilidade

A Câmara de Vereadores aprovou na terça-feira, a criação da Comissão Permanente de Acessibilidade, sugerida pelo vereador Irani Fernandes. A CPA terá como função elaborar programas e projetos de políticas públicas, normas, controles e ações incidentes sobre edificações, vias e espaços públicos no município, bem como os aspectos relacionados com a circulação, transportes, mobiliário e equipamentos urbanos, remoção de barreiras arquitetônicas, acesso a edificações públicas e de uso público, meios de divulgação de informações e sinalizações relativas à acessibilidade em geral para todas as pessoas com deficiência ou dificuldades de locomoção. Segundo o vereador, os portadores de deficiências físicas encontram sérias dificuldades para se locomover de forma independente pela cidade. “Como cadeirante, conheço as dificuldades. Nosso acesso a órgãos públicos, restaurantes, bares, escolas, é limitado. Nem mesmo a Prefeitura de Uruguaiana possui estrutura adequada para receber um cadeirante, o impossibilitando de ter acesso a serviços, o fazendo prisioneiro de uma cadeira de rodas”, disse o vereador. De acordo com Irani, Uruguaiana possui 21 pessoas portadoras de deficiência física e uma média de 3 mil cadeirantes, conforme o último Censo. “Onde estão essas pessoas? Queremos saber sobre as necessidades de cada um, como os inserir no mercado de trabalho, no meio esportivo, na sociedade”, ressaltou. A Comissão será composta por representantes de órgãos municipais e de entidades da sociedade civil relacionadas à questão. De acordo com Irani, o prefeito Luiz Augusto Schneider conhece os problemas e se coloca a disposição para tornar Uruguaiana uma cidade acessível a todos. “O prefeito demonstrou interesse em ajudar. É preciso analisar desde as calçadas dos centros e vilas, como os banheiros públicos. Precisamos da cooperação de todos”, finalizou. Apesar da Lei n° 10.098, do ano de 2003, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade a pessoas com mobilidade reduzida (idosos, anãos, obesas e gestantes ou com filhos de colo), na grande maioria das cidades brasileiras a acessibilidade ainda não é plenamente oferecida. Em Uruguaiana, o descaso é visível.

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