sexta-feira, 14 de julho de 2017

Cavalgada de Integração recebe benção crioula


Ontem, 13/7, os cavaleiros José Henrique Castejon e Francisco Campos, da “Cavalgada de Integração Sul-Sudeste” percorreram as ruas de Uruguaiana em uma cavalgada. Às 9h30min, os cavaleiros receberam bençao do padre Itamar Fiuza, na Capelania Militar, localizada no Centro de Convivên/cia Maior Gabriel Vijande Bermúdez.
Os aventureiros percorreram 1.800 quilômetros durante 45 dias. Eles saíram de Avaré, interior paulista, no dia 30/5, e chegaram a Uruguaiana na segunda-feira, 10/7. Agora, a Cavalgada segue até Bella Union, no Uruguai.
Esta foi a primeira cavalgada realizada no Brasil com o Puro Sangue Lusitano. A mesma teve como finalidade apresentar a raça, divulgar suas qualidades como docilidade, resistência e montabilidade, além de fomentar esta raça milenar pela região Sul do Brasil.
Raça
No mundo, a origem do Lusitano está nos cavalos autóctones da Península Ibérica do período Paleolítico. Domesticados, estes animais passaram a ser cruzados com os cavalos berberes que chegaram do Norte da África. Porém, o cavalo ibérico começou a conquistar seu espaço aproximadamente a partir do quarto século d.C. com o advento da cavalaria pesada. 
A batalha de Poitiers em 732 promoveu o início da decadência da Cavalaria Ligeira na Europa, e deu lugar aos cavalos de tração. Desta fase até o século XVIII o “cavalo guerreiro da Lusitânia” começou a sofrer uma nova transformação que contribuiria para a formação do Puro Sangue Lusitano.
Já no Brasil, os primeiros cavalos ibéricos foram introduzidos pelos colonizadores por volta do ano 1541. Depois de um longo período sem registro oficial de entrada de novos animais, a história recomeça com a chegada da família Real de Portugal, quando o Príncipe Regente D. João VI trouxe para a Colônia cavalos selecionados. Em 1821, ele presenteia Gabriel Francisco Junqueira (barão de Alfenas) com o garanhão Sublime, reprodutor usado juntamente com outros da raça no cruzamento com éguas nativas, originando-se destes cruzamentos a base de várias raças brasileiras, com destaque para o Mangalarga Marchador e Campolina.
Desde a década de 1990, a criação nacional tem sido marcada pelos investimentos em genética e no desenvolvimento de cavalos atletas. Dessa forma, levou a criação brasileira a se tornar referência mundial em qualidade e funcionalidade, com crescente aumento das exportações para países das Américas e Europa.
Karine Ruviaro

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