Daiany Mossi
Um caso de leishmaniose visceral em humano foi registrado em Uruguaiana. A informação é da Secretaria de Saúde.
A vítima é uma mulher de aproximadamente 40 anos, estatura média e que contraiu a doença há poucos meses. Ela mora na área central da cidade, esteve hospitalizada e está em tratamento.
Também conhecida como Calazar, a Leishmaniose Visceral é uma doença transmitida pelo mosquito Lutzomuia longipalpis, também conhecido como mosquito-palha ou birigui. A picada do mosquito introduz o protozoário Leishmania chagasi na circulação sanguínea do paciente e pode provocar problemas graves. Os mosquitos vetores desse protozoário são bem pequenos e vivem em ambientes úmidos, escuros e onde se acumulam lixo e sujeira orgânica.
Cães, raposas, roedores, tamanduás, preguiças e equídeos também podem servir de reservatório do protozoário, mas em geral o mosquito é o grande causador da doença.
A Leishmaniose Visceral não é uma doença contagiosa, ou seja não se transmite de uma pessoa para outra. Apenas a picada do mosquito fêmea transmite a doença.
Sintomas
Nos animais os principais sinais da presença do protozoário na corrente sanguínea são o emagrecimento brusco, a perda dos pelos e pequenas lesões na pele que evoluem para grande feridas. Nos humanos os sintomas que apontam para a contaminação do paciente são a febre que pode ter semanas de duração, fraqueza, inapetência, anemia, emagrecimento, palidez, aumento de órgãos como o baço e o fígado, além de comprometimento da medula óssea, do sistema respiratório, diarreia e sangramentos na boca e no intestino.
Diagnóstico
O diagnóstico para a doença é feito basicamente com a coleta e análise de amostras sanguíneas. O exame de sangue possui a capacidade de detectar os anticorpos específicos que combatem o protozoário. A análise clínica dos sintomas do paciente também ajudam no diagnóstico seguro.
Testes sorológicos e até mesmo de punção da medula óssea podem ser necessários para detectar a presença do parasita no organismo. Em casos mais avançados, pode ser necessária a biópsia do órgão afetado para análise laboratorial. É importante ressaltar que o diagnóstico precoce da doença é de extrema importância para evitar complicações que podem até levar o paciente ao risco de morte.
Prevenção
A principal medida para evitar a contaminação pelo protozoário causador da Leishmaniose Visceral é eliminar o mosquito-palha ou evitar o contato com ele. Algumas medidas simples, como usar repelentes, armazenar corretamente o lixo orgânico e não compartilhar agulhas com outros indivíduos são bastante eficazes e podem reduzir significativamente o risco de contágio do paciente. Existem também repelentes específicos para cães e animais para evitar que o mesmo seja picado pelo mosquito.
Tratamento
A Leishmaniose Visceral tem cura e pode ser combatida com a ingestão de medicamentos com substâncias antimoniais pentavalentes, via venal, anfotericina B, miltefosina, pentamidina, alopurinol e aminiosidina. Todos os medicamentos agem na eliminação do protozoário da corrente sanguínea do paciente.
É importante seguir à risca o tratamento de acordo com o diagnóstico de cada paciente, já que os sintomas da Leishmaniose Visceral são bastante parecidos com os de outras doenças, como doença de chagas, esquistossomose, malária, entre outras. O repouso do paciente acometido também e extremamente recomendável nesse caso, para evitar possíveis complicações mais sérias.
O tratamento deve ser feito sempre com acompanhamento médico.
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