Gabriela Barcelos
Por volta das 1h30min da madrugada de quinta-feira, 10/11, Uruguaiana registrou mais um homicídio, tipo execução. Assim como os três últimos assassinatos, a vítima tinha forte ligação com o submundo do tráfico de drogas.
O crime ocorreu na Avenida Presidente Vargas, esquina com a Rua Venâncio Aires. Taunay Guimarães Moraes, de 24 anos, chegou ao empório Farroupilha para comprar cerveja - ele estava acompanhado de uma moça. Assim que pediu a bebida no balcão do estabelecimento, o matador, que chegou instantes depois, lhe alvejou com três tiros certeiros, um no rosto, mas todos na cabeça, e deixou o local a pé, pela Avenida Presidente Vargas, em direção à saída da cidade.
A moça que acompanhava o traficante fugiu durante a execução, mas foi identificada e ouvida pela polícia ainda na madrugada. Ela contou que não teve coragem de olhar para o atirador e assim que conseguiu sair do estabelecimento, pediu a um casal que estava próximo para que a tirassem dali.
Nenhuma das testemunhas foi capaz de reconhecer o homem, descrito apenas como moreno, magro, com cerca de 1,85 metro, vestindo uma camiseta do Grêmio. Ele estava com duas armas de fogo e teria embarcado em um veículo VW Gol, que o aguardava estacionado na Rua Joaquim Murtinho.
No local do homicídio, a Polícia Civil apreendeu o veículo de Taunay e os objetos que estavam em seu interior, entre os quais uma “mascada” com cerca de R$ 3 mil.
O Instituto Geral de Perícias (IGP), em Santana do Livramento, foi acionado e, por volta das 5h30min os peritos chegaram à cidade para o levantamento da cena. As informações até o momento dão conta de que Taunay foi morto com três disparos, todos na cabeça, inclusive no rosto. No entanto, a Polícia Civil aguarda a confirmação por meio do laudo do exame de necropsia, que deve ser concluído na próxima semana.
O atirador não foi identificado e a 1ª Delegacia de Polícia, sob coordenação do delegado Enio Tassi, trabalha com pelo menos duas possibilidades: crime passional ou guerra entre facções por controle de território de tráfico.
Titular de uma extensa ficha policial, que inclui lesão corporal, ameaça, facilitação à prostituição e até estupro de vulnerável, Taunay era ‘velho conhecido’ da polícia. Recentemente foi hóspede da Penitenciária Modulada Estadual de Uruguaiana. Seu ofício mais rentável era o tráfico de drogas na região do “Morro do Piolho” e era suspeito de autoria de um homicídio acontecido no bairro Cabo Quevedo.
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