quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Clínicas desrespeitam lei e oferecem bronzeamento artificial


Em Uruguaiana a situação não é diferente do restante do País. Nossa reportagem procurou uma clínica localizada na Rua Tiradentes e um “pacote” pôde ser comprado via telefone. O filho da esteticista, R. nos ofereceu um pacote de 10 aplicações a R$ 120. A proprietária do estabelecimento está em viagem.
Proibidas desde 2009, as câmaras de bronzeamento onde as pessoas se deitavam como se estivessem na praia pegando sol continuam sendo usadas de forma criminosa em todo o País. Clínicas oferecem o serviço de forma irresponsável, sem controle, exposto clientes ao risco eminente de morte. 
O maior número de clínicas está concentrado no Rio de Janeiro. Lá, clientes pagam menos de R$ 10 por aplicação. No Rio Grande do Sul o preço varia conforme a região do Estado. E, é no interior que as clínicas cobram o valor mais alto pelo serviço. 
Em Uruguaiana a situação não é diferente. Nossa reportagem fez contato com uma clínica localizada na Rua Tiradentes e um “pacote” pode ser comprado via telefone. O filho da esteticista, R. nos ofereceu um pacote de 10 aplicações a R$ 120. A proprietária do estabelecimento está em viagem. O motivo da proibição foi um estudo da Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer, ligada à Organização Mundial da Saúde. Segundo o estudo, o bronzeamento artificial aumenta em até 75% o risco de desenvolvimento de melanoma.
As câmaras emitem raios ultravioleta do tipo “A”, também conhecidos como UVA. Os raios ultravioleta “A” se aprofundam na pele. São os raios solares que atingem a superfície do Planeta Terra do nascer ao pôr do sol. Mais ou menos entre 10h e 14h, os raios ultravioleta “B” também chegam à superfície. Esses raios queimam apenas a parte mais exterior da pele. Provocam aquela ardência chata. 
Noventa por cento da luz emitida nas câmaras de bronzeamento são raios UVA. “Essa luz é um pouco traiçoeira, porque, na verdade, ela não deixaria a pele vermelha”, explica Denise Steiner. O usuário da máquina não percebe que a pele está sendo agredida.
A denúncia foi encaminhada ao setor de Vigilância Sanitária na tarde de ontem, para providências.

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