Das 1.524 famílias que choraram a morte de parentes no trânsito gaúcho até setembro deste ano, 25% delas derramaram lágrimas por jovens. Conforme dados parciais do Detran, 392 mortos em acidentes tinham entre 18 e 29 anos.
Embora o número seja menor que no mesmo período do ano passado, quando 443 jovens perderam a vida nas vias gaúchas — 11% a menos do que este ano — a mortalidade do trânsito nesta faixa etária ainda é considerada alta. Apesar de ser um problema histórico, a morte de jovens em acidentes não provoca ações governamentais de educação para o trânsito, segundo Diza Gonzaga, presidente da Fundação Thiago de Moraes Gonzaga. A ativista da segurança no setor explica que só são realizadas ações pontuais, como campanhas na Semana Nacional do Trânsito ou antes de feriadões, e não trabalhos de longo prazo.
— Os jovens têm em si a cultura do herói, em que se expõem mais aos riscos, como dirigir sob o efeito de álcool no retorno das festas. É preciso que os governos invistam em ações permanentes de educação para o trânsito, que iniciem nas escolas e sigam nas faculdades — explica Diza.
Este ano, o número total de mortes cresceu 2,5%. Mas, aos finais de semana, o aumento foi bem maior: 5%. Em 2013, até setembro, 578 pessoas morreram nos sábados e nos domingos. No mesmo período de 2014, 608 mortes foram registradas nesses dias. Quase a metade das mortes no trânsito ocorre aos sábados e domingos: 40% do total.
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