A prestação de contas dos candidatos a deputado federal pelo Rio Grande do Sul ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostrou que, neste pleito, cada concorrente eleito gastou em média 17 vezes mais na sua campanha do que os adversários que perderam a disputa. O desembolso médio dos 31 candidatos vitoriosos ficou em R$ 1.234 milhão para cada um, enquanto os 230 derrotados disseram ter investido, em média, R$ 72,3 mil. A diferença de orçamento chega a 1.600%.
Relacionando o valor investido com os votos recebidos, José Otávio Germano (PP), que conquistou a vaga na última semana, após o TSE validar os votos obtidos por Cláudio Janta (SD), teve o maior custo por voto, R$ 35,50. marcio Biolchi foi o eleito com o menor investimento por voto, apenas R$ 0,94.
Entre os derrotados, Miriam Riedel (PMN) teve o maior gasto proporcional, com R$ 121,64 aplicados para cada voto recebido e, Maria de Fátima (PPS) e Paulinho Motorista (PSB), gastaram o equivalente a R$ 0,38 por eleitor para fazer, respectivamente, 530 e 7.578votos, o menor investimento entre os não eleitos.
Partidos
Entre partidos, de um total de 29 siglas, apenas três somaram o equivalente a 63% de todo o recurso aplicado para tentar eleger deputados federais no Rio Grande do Sul. Dos R$ 54,9 milhões consumidos na campanha para o cargo, segundo a prestação de contas, PP, PT e PMDB desembolsaram R$ 34,6 milhões.
O PP foi o campeão de gastos, com R$ 14,6 milhões, seguido por PT (R$ 12,4 milhões) e PMDB (R$ 7,5 milhões). Os três líderes no ranking de financiamento eleitoral equivalem a 10% dos partidos que tiveram representantes na disputa. Essas mesmas siglas também elegeram as maiores fatias da bancada federal gaúcha: sete petistas, seis representantes do PP e cinco peemedebistas.
Na ponta de baixo do ranking de investimento eleitoral, o único candidato do PCB informou não ter efetuado gastos, e o TSE não recebeu prestação de contas do PSC.
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