quarta-feira, 19 de março de 2014

Jovem se diz vítima de abuso de autoridade pela Brigada Militar

Um jovem de 20 anos se diz vítima de abuso de poder por parte da Brigada Militar. Luciano Pereira Gomes, testemunha de uma ocorrência de porte ilegal de arma registrada no último dia 28/2, foi abordado por uma guarnição no conjunto habitacional João Paulo II e encaminhado à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) algemado e contra sua vontade.
A situação ocorreu quando a referida guarnição atendia a um chamado naquela região, deslocados pelo Ciosp após comunicado de que vários jovens, um deles armado, se preparavam para uma briga entre ‘bondes’ rivais. No local, os policias encontraram Luciano e um menor de idade, L.I.M., que portava um revólver. De acordo com os policias que atenderam a ocorrência, os dois tentaram fugir mas foram capturados, e os demais jovens abordados não portavam nenhuma arma ou outro material ilícito.
A arma foi encontrada com o adolescente, que já tem passagens pela polícia, e que foi tratado como menor infrator. Os dois permaneceram algemados na DPPA, enquanto aguardavam a confecção da ocorrência. O delegado de polícia de plantão, Marcos Eduardo Pepe, fez o registro apontando o menor como autor do crime de posse ilegal de arma, baseado nos relatos dele próprio e do maior, Luciano. Luciano, por sua vez, foi tratado como testemunha do fato, ouvido e liberado.
De acordo com o Delegado, Luciano foi liberado porque conforme apurado, não cometeu nenhum crime, apenas estava no local onde o menor infrator foi apreendido, razão pela qual foi considerado testemunha do fato.
Sobre o uso das algemas, Pepe disse que pode ocorrer caso a pessoa a ser conduzida ofereça risco aos policias. Luciano não é conhecido da polícia por ações criminosas, não tem sequer uma “passagem” como réu e das vezes em que entrou na Delegacia de Polícia, foi como testemunha, comunicante ou vítima.
A Brigada Militar foi procurada, mas o capitão Rinaldo Castro, que respondia pelo comando naquele dia não se manifestou, tampouco o comandante do 1ª Batalhão de Policiamento de Área de Fronteira (BPAF), tenente coronel Roberto Ortiz, não foi encontrado.

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