A violência cometida por motivos insignificantes continua avassaladora em Uruguaiana. Após fazer várias vítimas de acidentes de trânsito, a esquina das ruas 15 de Novembro e Dr. Maia começa a receber marcas de sangue de vítimas de tiroteios. Na noite de domingo, 13/10, mais um jovem foi assassinado, praticamente o mesmo local do crime cometido no final de semana passado, quando outro jovem de 21 anos também foi assassinado a queima-roupas.
Desta vez a vítima é Wildson da Silva de Souza, de 19 anos, conhecido como “Zóio”, sem passagens pela polícia. Segundo testemunhas, o jovem estava parado naquela esquina com outras pessoas quando, por volta de 21h30min,foi surpreendido por dois homens em uma motocicleta que se aproximaram pela Rua Dr. Maia, o carona efetuou os disparos, três dos quais atingiram a vítima no peito.
Wildson agonizou por cerca de 10 minutos até ser socorrido pelos bombeiros, sendo levado ainda com vida ao hospital, mas não resistiu e morreu logo depois.
Testemunhas identificaram os autores do crime, que estão sendo procurados. Momentos depois, equipes da Polícia Civil e da Brigada Militar estiveram em vários pontos da cidade em busca dos suspeitos, os irmãos Luiz Felipe Ferreira Fernandes e João Ferreira Fernandes, ambos com passagens pela polícia, e que já estão com prisão preventiva decretada.
O motivo do crime, segundo apurou a investigação, é o mesmo do homicídio do domingo anterior: desavença. Vítima e acusados teriam tido uma briga em um baile e, segundo o Delegado responsável pela investigação preliminar, não há ligação com o homicídio do domingo anterior.
Pelo menos 21 pessoas foram assassinadas no Estado neste final de semana e em Uruguaiana os números são mais alarmantes ainda se levarmos em consideração os índices registrados nos últimos cinco anos. Os crimes estão gerando insegurança e levantam uma questão importante:A esquina das ruas 15 de Novembro com Dr. Maia é um dos locais de maior movimentação nos finais de semana, principalmente à noite, no entanto, não há nenhum policiamento ostensivo no local – enquanto as autoridades preocupam-se com a operação Balada Segura para aumentar a arrecadação de impostos e multas, pessoas estão sendo mortas nas esquinas. “Não tem policiamento, a gente nunca vê. Estou aqui desde as 19h e, desde então nenhuma viatura sequer passou por aqui”, diz uma senhora que presenciou o crime. Neste ano foram registrados um latrocínio e 14 homicídios; na última quinta-feira, 10/10, um apenado foi executado quando saía do Instituto Penal para o trabalho, no início da manhã.
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