Profissionais e empresários entraram na raça Crioula por hobby, mas agora se dedicam também à criação
Os resultados do ultimo Bocal de Ouro apresentaram novos nomes no mundo do Cavalo Crioulo. Criadores há pouco tempo na atividade já estão despontando entre os primeiros colocados nas modalidades promovidas pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC). Profissionais que uniram o hobby e a paixão pelo cavalo com trabalho e dedicação para alcançarem o pódio nas competições. Histórias que mostram que com foco e determinação é possível atingir os objetivos dentro da atividade da raça.
Vencedor do Bocal de Ouro com a égua AM Gaita, Sérgio Augusto Amaral é empresário no ramo de armazenagem de grãos. Antigamente convivia com o cavalo na fazenda dos pais, agricultores. Pelos filhos, decidiu novamente cultivar as raízes do campo. Hoje a Sol Brilhante tem uma manada de cerca de 40 animais. O detalhe é que AM Gaita foi comprada para ser um presente de aniversário para um de seus filhos. “Compramos esta égua em um leilão de animais em Uruguaiana. No dia seguinte ela ganhou o campeonato de incentivo das fêmeas durante uma exposição. Era a mimosa da Cabanha, pois foi um dos primeiros animais adquiridos”, conta.
Depois AM Gaita foi para doma e treinamento, onde ficou seis meses em preparação. Amaral explica que se cercou de profissionais especializados e consultoria para criar um projeto para a cabanha Sol Brilhante, focada em um trabalho de gestão empresarial, assim como faz com a própria empresa de armazenagem, e o primeiro resultado - antes do esperado - foi o título do Bocal de Ouro no dia 9 de abril. O criador analisa que a vitória para uma cabanha de sete anos que fica em Frederico Westphalen vai incentivar outros projetos na região. “Esperamos também valorizar ainda mais o trabalho dos nossos colaboradores e também os nossos animais”, salienta.
Servidor público do Estado de Santa Catarina, Anastácio Vitória começou há cerca de sete anos na criação de Cavalos Crioulos. Montou a fazenda com seu sobrenome no município de Joinville (SC) e comprou algumas éguas para criar. Mas percebeu que precisava de um garanhão para a cria. Foi neste momento que Harmonia Ultimato entrou na vida do criador. “Sempre ouvia falar no Ganadero da Harmonia e o Harmonia Temprano vinha se destacando, procurei um animal com esta genética. Mas a nossa ideia era usar ele apenas como pai da Cabanha. Depois do Freio de Ouro do Temprano, decidimos testar o animal e ver o que acontecia”, ressalta.
E o resultado foi o Bocal de Ouro nos machos, repetindo o feito do irmão inteiro. Vitória enfatiza a confiança no cavalo pela sua genética e pelo seu treinador, o ginete Zeca Macedo. A esperança para o futuro são filhas de Ultimato, no qual o criador acredita que poderão ainda dar alegria nas pistas do Freio de Ouro e de outras modalidades da raça Crioula. Mas no momento o foco está em repetir o título do irmão Temprano. “Ia ser uma injustiça se eu não levasse ele para a prova. Ia viver no anonimato quando é um cavalo que é uma potência”, observa.
Há cinco anos na raça Crioula, Éverson Luciano da Rosa, da Cabanha Estribeira, de Novo Hamburgo, afirma que no início o Cavalo Crioulo foi apenas um hobby, onde os animais foram adquiridos para o lazer do final de semana. Mas o gosto foi tanto que a decisão foi a de se aprofundar e entrar nas competições da raça. Profissional do ramo calçadista, lembra que procuravam um animal bom de morfologia quando surgiu Feitiço Cavalera. “Desde que era potro o cavalo vinha se apresentando bem em exposições, então resolvemos comprar ele. Nos apaixonamos por ele e vimos futuro. Não via a hora de colocar ele na prova”, coloca.
E não deu outra. O cavalo foi Bocal de Prata e carimbou sua vaga para a final do Freio de Ouro. Rosa afirma que o resultado foi satisfatório e era esperado este bom resultado. A meta é continuar trabalhando firme para os próximos anos. “Temos para o ano que vem outro cavalo que vem sendo preparado. A cabanha é um sonho que vem se realizando. Já estamos na expectativa de um dia correr com um cavalo da nossa marca”, diz.
A médica veterinária Samantha Stolte está há três anos na raça Crioula. Já tinha antes criação de outras raças, como a Puro Sangue Lusitano. Apesar de vir de família de engenheiros mecânicos, sempre foi apaixonada por cavalos e tem equinos desde os 14 anos. Há pouco mais de dois anos adquiriu a égua Jotace Tenteadora, que foi a primeira a receber o Bocal de Alpaca, premiação criada pela ABCCC neste ano para o quarto colocado na competição. “No mesmo momento que vi a Tenteadora, me apaixonei, senti aquele friozinho na barriga e sabia que era ela. Essa gateada só trouxe alegrias. O treinador e ginete Volmir Guimarães vem fazendo um excelente trabalho com ela e sente muita confiança nela”, revela.
Proprietária da Agropecuária Alpha, de Porto Alegre, Samantha informa que no criatório possui atualmente cerca de 30 éguas de cria, potros, potras e alguns reprodutores. O desejo, a partir de agora, segundo a criadora, é ter animais nas provas com a marca da propriedade. “Em breve os primeiros produtos da marca Alpha vão iniciar suas carreiras nas pistas da raça”, afirma.
Nas regiões de fomento da raça Crioula, novos criadores vem se destacando. É o caso de Vitor Barbosa Penner, empresário do setor de transportes em Goiânia (GO) e criador de Cavalos Crioulos há seis anos, proprietário da Cabanha Gameleira, em Bela Vista de Goiás (GO), que conquistou o sexto lugar e a vaga na grande final com o cavalo Indivíduo da Cabanha Santa Fé. “Este cavalo foi comprado antes de um ano de idade da cabanha Santa Fé, de Taquara (RS). Gostávamos deste cavalo pela genética e acreditávamos demais na funcionalidade deste cavalo. É um cavalo de coragem”, observa.
Para Penner, há um desenvolvimento muito grande do Cavalo Crioulo no Centro-Oeste, especialmente com o trabalho realizado pelo núcleo de criadores do Distrito Federal em fomentar as competições da raça na região. O Centro-Oeste estava representado no Bocal de Ouro com três animais, sendo dois meus, e classificamos este cavalo para a final. Foi uma emoção muito grande chegar nesta conquista. Temos mais quatro animais credenciados e esperamos colocar mais algum na final do Freio de Ouro”, destaca.
Vencedor do Bocal de Ouro com a égua AM Gaita, Sérgio Augusto Amaral é empresário no ramo de armazenagem de grãos. Antigamente convivia com o cavalo na fazenda dos pais, agricultores. Pelos filhos, decidiu novamente cultivar as raízes do campo. Hoje a Sol Brilhante tem uma manada de cerca de 40 animais. O detalhe é que AM Gaita foi comprada para ser um presente de aniversário para um de seus filhos. “Compramos esta égua em um leilão de animais em Uruguaiana. No dia seguinte ela ganhou o campeonato de incentivo das fêmeas durante uma exposição. Era a mimosa da Cabanha, pois foi um dos primeiros animais adquiridos”, conta.
Depois AM Gaita foi para doma e treinamento, onde ficou seis meses em preparação. Amaral explica que se cercou de profissionais especializados e consultoria para criar um projeto para a cabanha Sol Brilhante, focada em um trabalho de gestão empresarial, assim como faz com a própria empresa de armazenagem, e o primeiro resultado - antes do esperado - foi o título do Bocal de Ouro no dia 9 de abril. O criador analisa que a vitória para uma cabanha de sete anos que fica em Frederico Westphalen vai incentivar outros projetos na região. “Esperamos também valorizar ainda mais o trabalho dos nossos colaboradores e também os nossos animais”, salienta.
Servidor público do Estado de Santa Catarina, Anastácio Vitória começou há cerca de sete anos na criação de Cavalos Crioulos. Montou a fazenda com seu sobrenome no município de Joinville (SC) e comprou algumas éguas para criar. Mas percebeu que precisava de um garanhão para a cria. Foi neste momento que Harmonia Ultimato entrou na vida do criador. “Sempre ouvia falar no Ganadero da Harmonia e o Harmonia Temprano vinha se destacando, procurei um animal com esta genética. Mas a nossa ideia era usar ele apenas como pai da Cabanha. Depois do Freio de Ouro do Temprano, decidimos testar o animal e ver o que acontecia”, ressalta.
E o resultado foi o Bocal de Ouro nos machos, repetindo o feito do irmão inteiro. Vitória enfatiza a confiança no cavalo pela sua genética e pelo seu treinador, o ginete Zeca Macedo. A esperança para o futuro são filhas de Ultimato, no qual o criador acredita que poderão ainda dar alegria nas pistas do Freio de Ouro e de outras modalidades da raça Crioula. Mas no momento o foco está em repetir o título do irmão Temprano. “Ia ser uma injustiça se eu não levasse ele para a prova. Ia viver no anonimato quando é um cavalo que é uma potência”, observa.
Há cinco anos na raça Crioula, Éverson Luciano da Rosa, da Cabanha Estribeira, de Novo Hamburgo, afirma que no início o Cavalo Crioulo foi apenas um hobby, onde os animais foram adquiridos para o lazer do final de semana. Mas o gosto foi tanto que a decisão foi a de se aprofundar e entrar nas competições da raça. Profissional do ramo calçadista, lembra que procuravam um animal bom de morfologia quando surgiu Feitiço Cavalera. “Desde que era potro o cavalo vinha se apresentando bem em exposições, então resolvemos comprar ele. Nos apaixonamos por ele e vimos futuro. Não via a hora de colocar ele na prova”, coloca.
E não deu outra. O cavalo foi Bocal de Prata e carimbou sua vaga para a final do Freio de Ouro. Rosa afirma que o resultado foi satisfatório e era esperado este bom resultado. A meta é continuar trabalhando firme para os próximos anos. “Temos para o ano que vem outro cavalo que vem sendo preparado. A cabanha é um sonho que vem se realizando. Já estamos na expectativa de um dia correr com um cavalo da nossa marca”, diz.
A médica veterinária Samantha Stolte está há três anos na raça Crioula. Já tinha antes criação de outras raças, como a Puro Sangue Lusitano. Apesar de vir de família de engenheiros mecânicos, sempre foi apaixonada por cavalos e tem equinos desde os 14 anos. Há pouco mais de dois anos adquiriu a égua Jotace Tenteadora, que foi a primeira a receber o Bocal de Alpaca, premiação criada pela ABCCC neste ano para o quarto colocado na competição. “No mesmo momento que vi a Tenteadora, me apaixonei, senti aquele friozinho na barriga e sabia que era ela. Essa gateada só trouxe alegrias. O treinador e ginete Volmir Guimarães vem fazendo um excelente trabalho com ela e sente muita confiança nela”, revela.
Proprietária da Agropecuária Alpha, de Porto Alegre, Samantha informa que no criatório possui atualmente cerca de 30 éguas de cria, potros, potras e alguns reprodutores. O desejo, a partir de agora, segundo a criadora, é ter animais nas provas com a marca da propriedade. “Em breve os primeiros produtos da marca Alpha vão iniciar suas carreiras nas pistas da raça”, afirma.
Nas regiões de fomento da raça Crioula, novos criadores vem se destacando. É o caso de Vitor Barbosa Penner, empresário do setor de transportes em Goiânia (GO) e criador de Cavalos Crioulos há seis anos, proprietário da Cabanha Gameleira, em Bela Vista de Goiás (GO), que conquistou o sexto lugar e a vaga na grande final com o cavalo Indivíduo da Cabanha Santa Fé. “Este cavalo foi comprado antes de um ano de idade da cabanha Santa Fé, de Taquara (RS). Gostávamos deste cavalo pela genética e acreditávamos demais na funcionalidade deste cavalo. É um cavalo de coragem”, observa.
Para Penner, há um desenvolvimento muito grande do Cavalo Crioulo no Centro-Oeste, especialmente com o trabalho realizado pelo núcleo de criadores do Distrito Federal em fomentar as competições da raça na região. O Centro-Oeste estava representado no Bocal de Ouro com três animais, sendo dois meus, e classificamos este cavalo para a final. Foi uma emoção muito grande chegar nesta conquista. Temos mais quatro animais credenciados e esperamos colocar mais algum na final do Freio de Ouro”, destaca.
Nestor Tipa Júnior
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