sábado, 29 de abril de 2017

Greve Geral reuniu milhares de pessoas





A Greve Geral convocada pelas centrais sindicais parou o Brasil ontem, 28/4. Em Uruguaiana, não seria diferente. O protesto foi contra a reforma previdenciária e trabalhista defendida pelo Governo Federal.
Entre os projetos que estão sendo votados no Congresso Nacional estão as que alteram direitos consolidados por uma CLT desatualizada. Com a proposta do Governo Temer ninguém se aposentará antes dos 65 anos de idade ou não se aposentará com menos de 49 anos de contribuição, os pensionistas perderão suas pensões ao se aposentarem e também acabam com as aposentadorias especiais (insalubres, risco e perigosas). Os trabalhadores perderão o 13º salário, as férias, FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e indenização de 40%. Além disso, a jornada de trabalho passará de 8 para 12 horas diárias.
Com o slogan “Pare agora para não morrer trabalhando sem se aposentar”, o Comitê Permanente Contra as Reformas da Previdência e Trabalhista de Uruguaiana trabalhou intensamente convocando trabalhadores para ocupar o centro do município. O Comitê contabilizou a adesão de 26 associações de classe, entre elas sindicatos e entidades. O 21º Núcleo do Cpers/Sindicato foi um dos participantes. “Participamos, porque são nossos direitos que estão sendo perdidos. Trabalhadores precisam lutar por aquilo que já é seu de direito e o governo quer acabar”, disse diretora-geral do Núcleo, Zila Teresinha Soares Fidell.
O ato começou às 14h, na Esquina Democrática. Logo após, os trabalhadores percorreram o caminho até o Instituto Nacional de Seguridade Social, onde foram recebidos por alguns servidores do local que, vestidos de preto, também protestavam contra as reformas.  Posteriormente, seguiram pelas ruas do município onde gritavam palavras de ordem, como: “Seus deputados, tenham respeito, tire as mãos sujas dos nossos direitos”, “Não tem lugar pra mais paciência, querem roubar a nossa Previdência”.
O protesto terminou na fronteira entre Brasil e Argentina onde, por aproximadamente uma hora, impediram a circulação de veículos sobre a Ponte Internacional. No local, os líderes sindicais falaram e os participantes cantaram o Hino Nacional.
Segundo o tenente coronel Luiz Antônio Floresta, da Brigada Militar, 1.200 pessoas participaram do ato. “Apesar do trancamento da Ponte Internacional, não houve nenhuma ocorrência que precisássemos intervir”, disse Floresta.

Karine Ruviaro

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