quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Nova direção assume a Unipampa de Uruguaiana

“Não somos uma gestão formada dentro da Unipampa por três pessoas, apenas somos os representantes da academia”, diz o novo diretor, Marcus Querol.

Karine Ruviaro

A comunidade acadêmica da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), Campus Uruguaiana, escolheu a chapa Vem Ser Campus Uruguaiana para representá-la nos próximos quatro anos. A eleição ocorreu no dia 26/10/2016, nas dez Unidades Universitárias da Unipampa, das 9 às 21 horas. No Campus Uruguaiana foram eleitos Marcus Vinícius Morini Querol, Edward Frederico Castro Pessano e Carina Fagundes Teixeira Brum, respectivamente, para os cargos de diretor, coordenador acadêmico e coordenadora administrativa.
Ao todo, na unidade de Uruguaiana, 144 docentes, 99 técnico-administrativos em educação e 845 discentes compareceram à seção eleitoral. Neste ano, no dia 1/2, os novos dirigentes tomaram posse em um evento realizado no auditório do Campus Bagé.
Conheça agora um pouco mais sobre o trabalho que será desenvolvido pelos novos dirigentes da Unipampa de Uruguaiana. Nesta reportagem, quem apresentará as ações do grupo é o novo diretor do Campus.
Marcus Vinicius Morini Querol possui graduação em Ciências Biológicas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS) - (1994), mestrado em Biociências (Zoologia) realizado pela PUC/RS em 1998 e doutorado em Biociências (Zoologia) também realizado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul em 2003. Desde 2007, trabalha como professor na Unipampa, sendo que, atualmente atua como professor associado.
- O que muda com a nova gestão?
As metas serão estabelecidas a partir do planejamento estratégico com todo o Campus, todos os setores. A primeira ideia é fazer a integração de toda a comunidade acadêmica retomando o slogan de campanha “Vem ser Campus Uruguaiana” para que cada segmento – alunos, técnicos, docentes – se sintam parte de uma nova gestão. Realizar uma gestão baseada no diálogo, nas relações humanas (valorizando as pessoas),
A segunda é planejar estrategicamente o Campus: onde estão e para onde querem caminhar, projetando assim, o futuro da instituição e das relações com a sociedade uruguaianense e da região. O objetivo principal é ver quais as potencialidades de cada servidor, definir as responsabilidades no processo e, sobretudo, instigar todos nesta construção coletiva. 
A terceira é a ampliação da pós-graduação - em nível de cursos de especialização, mestrado e doutorado - que é uma fonte de qualificação profissional e pode possibilitar à captação de recursos. Então, existe a possibilidade de fortalecer e ampliar a pós-graduação. “Com uma pós-graduação forte é uma forma de consolidar a graduação, pois envolve alunos na iniciação científica, e os mesmos passam a ter uma vivência acadêmica mais profunda, gerando novos dados em pesquisa, difundindo o nome da instituição, fazendo com que parcerias possam se estabelecer pelo próprio conhecimento das ações da instituição”, diz. E ainda, lembra que “o que qualifica legalmente uma universidade, separada de um centro universitário ou faculdade é a pós-graduação. E justamente por isso, que nós vamos incentivar novos cursos”.
Para os novos dirigentes, a última gestão e as anteriores foram muito importantes para o Campus e eles manterão boa parte das ações já desenvolvidas. “Apenas daremos um enfoque que mais se caracteriza com o nosso perfil que é a questão do relacionamento, humanização e integração”, comenta.
- Desafios
O principal desafio na nova gestão é a escassez de recursos. “Temos que manter a qualidade dos cursos ou ainda melhorá-la, mas tudo isso, sem recursos. O desafio é encontrar parceiros que possam ajudar na consolidação dos cursos da instituição”, salienta.
Devido à crise que atingiu o Brasil, reduções orçamentárias foram realizadas nas universidades federais. A Unipampa também foi afetada pelos cortes. Para Querol, é necessário valorizar as relações. “Temos já uma estrutura consolidada, mas há muita coisa que precisamos correr atrás. Então nesse momento, como temos pouca oportunidade, vamos valorizar o que acreditamos ser o mais importante que são as relações, as pessoas”.
- Parcerias
A Unipampa de Uruguaiana possui parcerias com diversas prefeituras vizinhas - Barra do Quaraí, Quaraí e Alegrete, além de Uruguaiana. O diretor comenta que foi recebido em reunião de trabalho pelo prefeito Ronnie Mello, onde este abriu as portas do município e das secretarias para auxiliar no que for possível.
Nesta cidade, haverá possibilidades de espaços do Executivo para que a Universidade possa realizar algumas das suas atividades, como ginásios, escolas, bem como, centros de saúde – postos e o Hospital Santa Casa de Caridade – para realização de estágios e demais ações. “Nós precisamos de parcerias”, observa Querol.
- Inclusão
A Universidade como num todo, principalmente o Campus de Uruguaiana irá buscar a máxima inclusão das pessoas com deficiências. Atualmente, possui 14 acadêmicos com algum tipo de necessidade especial. Hoje a instituição caminha para o pleno atendimento, buscando o máximo da inclusão. “A Universidade conta atualmente com elevadores, rampas, mas para os deficientes visuais é um caminho a seguir”, lembra.
A Unipampa tem alguns setores de assistências a todos os acadêmicos. Entre eles, está o
NinA (Núcleo de Inclusão e Acessibilidade) que trabalha junto à Reitoria. O objetivo deste núcleo é dar suporte aos acadêmicos com necessidades especiais. O NinA procura docentes e técnicos administrativos para orientá-los como seria a maneira correta de trabalhar com os acadêmicos. O projeto acompanha a vida acadêmica do aluno, dá suporte. A Unipampa conta hoje, com intérprete de Libras, psicólogos, pedagogos, técnicos de nível superior e assistentes sociais que auxiliam os estudantes no quer for necessário.
- Novidades
Caso mude o cenário econômico do País, há a vontade de implantar no Campus novos cursos de graduação. “Dentro do PDI (Plano de Desenvolvimento Institucional), temos a intenção de abrir o curso de Engenharia de Aquicultura, e uma terceira licenciatura que é a de Educação Especial. Este curso fortaleceria o próprio campus dando suporte para os demais cursos, assim como, formaria acadêmicos e profissionais capacitados para trabalhar na área”, expõe o diretor.

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