O menino Bernardo foi esganado pelo pai porque não parava de chorar
Gabriela Barcellos
Leonardo Santos, de 22 anos, foi preso na manhã de quinta-feira, 6/10, acusado de matar o próprio filho, de quatro meses de idade. Na noite de quarta-feira, 5/10, Bernardo Leonardo Pinto dos Santos foi esganado pelo pai porque não parava de chorar. A criança foi levada ainda com vida ao pronto socorro pela mãe, A.P.P., que completa 15 anos de idade hoje, 8/10. Imediatamente deu baixa na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) infantil, com sinais de morte cerebral, o que acabou se confirmando já na quinta- -feira, à tarde. Como deu entrada no pronto socorro com sinais de maus tratos, o Conselho Tutelar foi acionado e, ao tomar ciência do fato acionou a Polícia Civil. Na manhã de quinta-feira, Leonardo foi conduzido do Hospital para o plantão da Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), onde foi autuado em flagrante, inicialmente por tentativa de homicídio, pelo delegado plantonista, Enio Tassi, que também é titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), e conduz o Inquérito Policial. Horas depois o menino Bernardo não resistiu e Leonardo passou a responder por homicídio doloso. Ainda durante a tarde, Leonardo prestou depoimento, acompanhado pelo advogado Miguel Madeira, e confessou ter apertado o pescoço do menino porque este não parava de chorar, mas que não tinha a intenção de matar o filho. Depois de ouvido, ele foi encaminhado à Penitenciá- ria Modulada de Uruguaiana. O corpo da criança foi encaminhado à Alegrete para realização de exame de necropsia, cujo laudo deverá ser apresentado nos próximos dias. Prisão preventiva Ontem pela manhã, convencido da participação do pai, o Delegado representou pela prisão preventiva do rapaz. Nas primeiras horas da tarde o juízo da 1ª Vara Criminal, homologou a prisão em flagrante e decretou a prisão preventiva do rapaz. Ele está recolhido à Penitenciária Modulada Estadual de Uruguaiana (PMEU), e está sendo mantido em uma cela isolada. Leonardo já tinha passagens pela polícia por ameaça, perturbação da tranquilidade, furto, vias de fato, lesão corporal, violência doméstica e até por estupro.
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