Gabriela Barcellos
O atraso costumeiro da folha de pagamento e o descumprimento, pelo prefeito Schneider (PSDB) da liminar concedida pela Justiça em favor do Sindicato dos Municipários de Uruguaiana (Simur), levou centenas de servidores às ruas em protesto. O ato aconteceu na última quinta-feira, 15/9, durante paralisação de seis horas. No último dia 31, o Executivo depositou apenas R$ 400 na conta do funcionalismo e desde então, nenhum outro deposito foi feito.
Os servidores deram início às atividades em caminhada pela Rua Domingos de Almeida, da sede do Simur, passando pelo Calçadão, até a Câmara de Vereadores. Lá, apesar do posicionamento inicial contrário do presidente da casa, vereador Adalberto Silva (PP), fizeram uso do espaço de tribuna livre. Na ocasião, representantes da categoria fizeram um uma explanação sobre o descumprimento da medida judicial. Para o Sindicato, o prefeito Luiz Augusto Schneider não tem motivos para não quitar a folha, considerando que, em comparação com o mesmo período do ano passado, o município teve em 2016 um aumento de arrecadação e, o orçamento apresenta um superávit de R$ 12 milhões.
Da Câmara os servidores seguiram para a frente do Palácio Rio Branco, sede do Poder Executivo. Lá, chamaram pelo Prefeito, em busca de um cronograma de pagamento, mas não foram atendidos e cerca de meia hora depois deixaram o local, em caminhada em direção à Justiça do Trabalho.
Demagogia eleitoreira
Com base nas declarações do presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, desembargador Luiz Felipe Silveira Difini, sobre a possibilidade de abertura de processo de impeachment contra o governador José Ivo Sartori (PMDB) pelo atraso e parcelamento da folha de pagamento, no último dia dez de agosto, a vereadora Jussara Osório (Rede) levantou a possibilidade. Ela se colocou à disposição para pedir a abertura do processo, caso haja subsídios para o impeachment, e convidou três colegas (mínimo necessário) para fazer a solicitação. Com exceção de Adalberto Silva, que se posicionou contra, e Marcelo Lemos (PDT), que não se posicionou, os demais vereadores se posicionaram a favor de um possível processo de impeachment. Agora, uma verificação quanto a possibilidade legal do procedimento será realizada.
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