quarta-feira, 26 de novembro de 2014

“Anjos da Noite” destroem casa de assassino


A sensação de insegurança toma conta do bairro Cabo Luiz Quevedo. Pais de família temem pela vida dos filhos que estão a mercê da bandidagem em plena luz do dia.
Mais uma vez os integrantes da gangue “Anjos da Noite” fizeram vítimas no Bairro Cabo Luiz Quevedo. Desestabilizados pela morte do menor de idade apontado como membro da gangue, o grupo ateou fogo na casa da família do assassino, destruindo a residência totalmente. 
Na tarde do assassinato, os criminosos que se consideram “anjos” já teriam tentado destruir a casa de Vladimir, autor da facada que tirou a vida de Eduardo Vinicius. O jogo foi contido pelos bombeiros naquela oportunidade e na noite de domingo, os bandidos voltaram ao local para terminar o serviço. Segundo os bombeiros, a família de Vladimir não estava na casa e devido aos ataques estariam mudando de bairro. Vale destacar que Vladimir, assim como Eduardo, possui antecedentes criminais e conforme a Polícia, integravam gangues e bondes. 
A criminalidade no bairro
Formado na década de 90, o grupo Anjos da Noite coleciona crimes. Já foram muitos os tumultos, arrastões e assassinados promovidos pela gangue que muda de integrantes e passa de geração a geração. 
Nos últimos três anos, o bando ganhou força, e a explicação pode estar no crescimento do Bairro Cabo Luiz Quevedo que hoje conta com moradores de diferentes classes e índoles. 
A insegurança no bairro é incontestável. Recentemente, a Brigada destinou àquela área uma Patrulha Comunitária, sendo inclusive ela a responsável pela prisão de Vladimir. Porém, apesar do empenho dos policiais, a Brigada perde força diante do número de jovens que hoje integra a gangue. Conforme a Polícia Civil, já são mais de trinta. Os moradores do bairro estão apavorados. Portas com trancas de ferro, cadeados e câmeras de segurança foram algumas das medidas adotadas pelas famílias nas últimas semanas. Dona Lúcia, reside no bairro desde 2007 e disse que nunca se sentiu tão ameaçada. A senhora conta que desde que um jovem foi morto na Rua Borges da Costa, muito próximo ao local deste novo crime, ela passou a ir buscar os filhos de 12 e 14 anos na escola. “Antes eles iam e voltavam sozinhos, pois estávamos entre vizinhos. Agora não sabemos quem é amigo e quem é o criminoso”. 
Por enquanto, não houve nenhuma providência por parte das “forças vivas” do município, no intuito de sanar o problema.

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