sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Marques Acunha

Por Antônio Everardo
Hildebrando Marques Acunha. A lembrança voa longe para lembrar daquela figura indo trabalhar ali na Duque, na Transpec, com sua envenenada bicicleta e seu inseparável rádio Transglobe modelo Philco/Ford. Lembrança mais próxima, quando fomos buscá-lo para comandar o programa “Cidade Manhã – O profissão repórter”, na Rádio São Miguel. E não dá para deixar de esquecer a imagem de toda nossa “equipe esportiva” – como ele mesmo gostava de dizer – chegando ao Beira Rio, para transmissão do Grenal do século, em que colocamos o então treinador da seleção brasileira, Sebastião Lazaroni, a dar entrevista em primeira mão na cabine da SM, quando ele recebeu nossa camiseta esportiva e, emocionado, disse que era ali que ele se realizava profissionalmente. Também durante um determinado período, ele se encantou com a imprensa escrita e deu seus primeiros passos nas páginas do Jornal CIDADE. Marques tinha prazer em formar e informar pessoas. Gostava de desafios. Com certeza ele deixou contribuições profissionais e pessoais. Sempre foi exemplo de companheirismo e buscou a valorização do rádio e do jornal, porque eram seus veículos preferidos.
Com participação importante no cenário político de nossa cidade, foi vereador, secretário e vice-prefeito, e em todas essas posições, teve atuação destacada.
Seus amigos, em geral, emocionados com a notícia de seu falecimento afirmaram que, de tudo, a palavra mais importante para definir o radialista, é comunicação. Jamais Marques Acunha deixou de ser repórter. A notícia era seu foco, sua vida. E “estar sempre atento para os fatos que interessavam a comunidade onde vivia, era a sua principal característica”.
Ele trazia notícia e informação o tempo todo. É isso, talvez, que vamos guardar, além da dedicação à comunicação e na luta pelos mais necessitados. Ele tinha orgulho de pertencer ao rádio.
E, evidentemente, não esqueceremos o Marques colorado, time pelo qual sempre torceu e que, por muito tempo e orgulhosamente, exibia a camiseta de seu ídolo Figueroa, zagueiro chileno, arrancada por um torcedor após um título conquistado no Beira Rio, e comprado como um troféu do qual não se separava nem mesmo nas peladas jogadas com seus amigos na saída para a Barra do Quarai.
O amigo, o político, mas principalmente o radialista dá seu adeus. Ficam seu exemplo e sua dedicação ao povo de sua terra.

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