segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Dia Mundial de Prevenção a Aids. Você vai continuar ignorando este assunto?

Nas décadas de 60 e 70, durante as guerras de independência, a entrada de mercenários no continente começou a espalhar a Aids pelo mundo. Haitianos levados para trabalhar no antigo Congo Belga também ajudaram a levar a doença para outros países. "Entre 1960 e 1980 surgiram diversos casos de doenças que ninguém sabia explicar A Aids só foi finalmente identificada em 1981 e de lá para cá estimasse que milhares de pessoas já tenham morrido em função da doença. O Brasil passou a ver a doença como uma catástrofe a partir das mortes de pessoas famosas, pois até então, brasileiros das classes mais baixas morriam vítimas do vírus, mas o diagnóstico apresentado era sempre o mesmo – pneumonia, insuficiência respiratória. Hoje a realidade é outra, fala-se de Aids como fala-se de drogas e a cura passou a interessar a todos, não somente as pessoas que já contrariam o vírus. Você fala sobre Aids com os seus filhos? Você se protege? Ainda existe o preconceito? Reflita conosco. 

Prevenção da AIDS
Uso da camisinha (ou preservativo masculino): diversos estudos confirmam a eficiência do preservativo na prevenção da AIDS e de outras doenças sexualmente transmissíveis. Em um estudo realizado recentemente na Universidade de Wisconsin (EUA), demonstrou-se que o correto e sistemático uso de preservativos em todas as relações sexuais apresenta uma eficácia estimada em 90-95% na prevenção da transmissão do HIV.

Pré-natal: toda mulher grávida deve fazer o teste da AIDS. Esse exame é especialmente importante durante os meses de gestação, pois, em caso positivo para infecção da mãe, ela poderá receber um tratamento adequado e, na hora do parto, evitar a transmissão vertical (de mãe para filho) do HIV. Se forem tomados todos os cuidados devidos, esse risco pode ser reduzido em até 67%.

A prevenção de uma transmissão vertical é feita pela mãe, sob orientação médica sempre, por meio do uso do AZT durante a gravidez e no momento do parto. O recém nascido também deve fazer uso desse mesmo medicamento por um período de 06 semanas.

A transmissão do HIV também pode acontecer durante a amamentação, através do leite materno. Portanto, o leite da mãe portadora do vírus HIV deve ser substituído por leite artificial ou leite humano processado em bancos de leite que fazem aconselhamento e triagem das doadoras.

Uso de agulhas e seringas descartáveis: o risco de um usuário de droga injetável infectar-se pelo HIV está ligado à forma como a droga é utilizada: se houver compartilhamento de seringas e agulhas, esse risco é bem elevado. Por isso, há a recomendação da utilização de agulhas e seringas descartáveis.

O que fazer se a camisinha estourar?
A primeira atitude a tomar, segundo o médico Jairo Bouer, é interromper a relação sexual e lavar a região do pênis ou da vagina com água e sabão. Nada de passar álcool, coca-cola ou qualquer outra coisa do gênero.
Se houve ejaculação, outros cuidados são necessários. Se a garota estiver no período fértil, ela deve consultar um ginecologista para tomar a pílula do dia seguinte.

Se você não conhece a pessoa e não sabe se ela é portadora do vírus HIV, o ideal é procurar um centro de referência para discutir a profilaxia pós-exposição.

Como funciona a Profilaxia Pós-Exposição (PEP)?
É uma forma de prevenção da infecção pelo HIV usando os medicamentos que fazem parte do coquetel utilizado no tratamento da Aids, para pessoas que possam ter entrado em contato com o vírus recentemente, pelo sexo sem camisinha. Esses medicamentos, precisam ser tomados por 28 dias, sem parar, para impedir a infecção pelo vírus, sempre com orientação médica.
Essa forma de prevenção já é usada com sucesso nos casos de violência sexual e de profissionais de saúde que se acidentam com agulhas e outros objetos cortantes contaminados.

Urgência
No caso de um possível contato com o vírus HIV, busque, o quanto antes, um serviço credenciado. Esse primeiro atendimento é considerado de urgência porque o uso dos medicamentos deve começar o mais cedo possível. O ideal é que você comece a tomar a medicação em até 2 horas após a exposição ao vírus HIV e no máximo após 72 horas. A eficácia da PEP pode diminuir à medida que as horas passam. A indicação de utilização dos medicamentos para prevenção será avaliada por um médico. A população de gays, outros homens que fazem sexo com homens e travestis é uma das populações que tem preferência no acesso a esse atendimento de urgência, visto a proporção de pessoas com HIV neste segmento populacional ser superior àquela da população geral. Esses são apenas alguns problemas que podem ocorrer se a camisinha se romper. Portanto fica a dica: “Curta a vida, faça sexo, mas se proteja!”.

Cientistas desenvolvem anel intravaginal para combater Aids
Um grupo de cientistas americanos desenvolveu um novo anel intravaginal que se mostrou eficiente para brecar a transmissão do vírus HIV. A pesquisa foi apresentada pela Associação Americana de Cientistas Farmacêuticos, em Illinois, nos Estados Unidos. O pesquisador Patrick Kiser e seus colegas da Universidade de Utah, em parceria com uma organização de pesquisa líder em saúde reprodutiva, criaram um anel reservatório que deve ser instalado dentro da vagina. O aparelho, que é composto por tubos plásticos que absorvem água liberará doses de tenofovir (TFV), uma droga que impede que o vírus da imunodeficiência humana (HIV) se instale no corpo.

Os anéis, que precisam ser trocados a cada 90 dias, possuem uma nova tecnologia que permite que uma grande reserva de TFV fique disponível no corpo por até 90 dias. As quantidades são liberadas diariamente, evitando assim o contágio pelo HIV .

 "Prevemos que este anel será capaz de lançar um espectro de drogas que atualmente não podem ser aplicadas devido a limitações da tecnologia", disse Kiser, que liderou a pesquisa. "Este anel é altamente adaptável para quase qualquer droga, a quantidade de fármaco distribuída a cada dia e a velocidade de libertação pode ser modificada facilmente". Kiser mostrou que a proteção garantida pela liberação constante de TFV pelo anel é semelhante ou superior a do gel vaginal de curta-duração, que se mostrou eficaz na redução do risco de infecção pelo HIV em mulheres.

O plano agora é pesquisar anéis que possam liberar tanto o TFV quanto hormônios contraceptivos.

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