segunda-feira, 4 de julho de 2011

Depois da Operação Mercosul, camelôs voltam a vender óculos de grau

Cerca de 20 dias após as Polícias de Uruguaiana terem apreendido mais de 500 óculos de grau falsificados em algumas das bancas do Camelódromo local, o comércio ilegal volta a ser colocado em prática e as lentes falsas voltam a ser adquiridas sem nenhuma precaução. Na tarde de ontem, nossa reportagem esteve no Camelódromo e encontrou óculos de grau a venda em pelo menos cinco bancas. O produto sem procedência fiscal e que pode prejudicar a visão do cliente, é vendido a pouco mais de R$ 20. Em uma das bancas, tentando convencer o cliente da qualidade do produto, a vendedora disse que os óculos foram adquiridos em ópticas paraguaias e que possuem controle de qualidade no País de origem. Explicou que como lá o produto é mais barato, os camelôs os adquirem com o propósito da revenda. Quem compra um simples par de óculos de sol está sujeito a doenças oculares como fotoalergia, pterígio, ceratite, catarata, degeneração da visão central e câncer de pele na região das pálpebras. No caso dos óculos de grau, existem riscos de irritação cutânea, reações tóxicas e danos às pálpebras. Os óculos escuros falsos dilatam a pupila, o que aumenta a entrada de raios UVA e UVB, prejudiciais à saúde. Se fosse uma empresa, a pirataria de produtos seria uma das mais bem-sucedidas do mundo. Tão lucrativa quanto o tráfico de drogas ou de armas, a falsificação é uma instituição organizada com presença garantida em quase todos os mercados populares ao redor do globo. Possui uma rede eficiente de fabricantes, despachantes, atravessadores, vendedores, trabalha com produtos de diversos segmentos e tem um batalhão garantido de consumidores. A melhor forma de evitar estes crimes, ainda é a conscientização e a geração de emprego.

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