Comandante Regional da BM diz que só lembra de Clemente quando fala dos “encapuzados”

O comandante do CRPO/FO, coronel Utinguaçú de Farias Rosado, conversou com nossa reportagem no final de semana e revelou os motivos pelos quais o comandante Arlindo Rego foi transferido de Uruguaiana. Rosado explica que partiu dele, a decisão de transferir Rego. “O Comandante é um ótimo profissional e fez muito por Uruguaiana. Não podemos negar que ele trabalhou de forma clara e obteve sucesso, porém, discordamos em alguns aspectos e não temos as mesmas metas, por isso, achei melhor transferi-lo. Quanto a uma possível briga entre Rego e Rosado, o Cel. explica que nada mais foi que um choque de idéias e opiniões, ocorrido durante uma reunião no inicio do ano. “Não chegamos aos mesmos números e objetivos, e tudo isso foi registrado em ata. Apesar das discordâncias, admiro o colega, mas não poderia trabalhar com ele, já que não tínhamos os mesmos propósitos”, finaliza.
Segundo o coronel, o vereador petista e presidente da Abamf, Clemente Corrêa, não é o responsável pela saída de Rego, como alguns pensam. O coronel explica que “mesmo Clemente tendo se empenhado em prol da transferência de Rego, não caberia a ele, "um soldado", definir ou influenciar decisão tão importante”. Rosado destaca que nem sabia que Clemente era vereador, mas lembra-se dele quando fala no caso dos encapuzados. “Recebemos uma gravação e ela está sendo investigada. Nela, o vereador diz que não se importa com o Comando e que, para ele, até um cachorro poderia ser o novo comandante. Ele também diz que é o responsável pela saída de Rego. "Nunca tive qualquer assunto com Clemente e só lembro-me dele quando falo no caso dos encapuzados, já que trabalhei na investigação que levou a identificação dos possíveis envolvidos e Clemente era um deles", diz o comandate.
"O novo Comandante é um homem muito qualificado e certamente, substituirá Rego a altura", disse o coronel Rosado.
A transferência do Comandante promete dar muito que falar ainda já que possíveis irregularidades, como a não publicação de sua exoneração, estão sendo levadas a instâncias superiores.