A menina Isadora, de um ano e meio, faleceu depois de dar entrada no pronto socorro vomitando sangue no último dia 1º
Gabriela Barcellos
O pai e a mãe da menina
de um ano e meio que veio
a óbito no último dia 1º depois,
depois de dar entrada
no Hospital Santa Casa
de Caridade, vomitando
sangue, foram indiciados
por homicídio qualificado,
pelo delegado Enio Tassi,
da Delegacia de Proteção
à Criança e ao Adolescente
(DPCA).
Isadora Pereira Mendonça
foi levada ao pronto
socorro municipal por uma
conselheira tutelar, acompanhada
pelo pai, depois
que o órgão recebeu uma
denúncia de maus tratos.
Como a menina apresentava,
de fato, sinais de
maus tratos, um inquérito
policial foi instaurado para
apurar as circunstâncias da
morte.
Conforme o Delegado,
está claro que houve omissão
dos pais, que tinham o
dever de zelar pelo bem-
-estar da menina, que já
estava doente há dias, e
ainda assim não fora socorrida
por nenhum dos dois
genitores.
As investigações apontaram
que, o pai da menina,
Cristiano Pessano
Mendonça, de 35 anos, era
o responsável por cuidar
de Isadora e da filha mais
velha, de cinco anos, já que
não trabalha. No dia do
fato, segundo testemunhas,
Cristiano ouvia música em
casa, enquanto a filha passava
mal em outro cômodo.
Apesar de Isadora ter recebido
uma determinação
de internação hospitalar
no dia anterior para tratar
de problemas pulmonares,
ele não a levou ao hospital.
À Polícia ele contou
que não tinha com quem
deixar a filha mais velha,
por isso não encaminhara
Isadora ao hospital ou ao
pronto socorro, e admitiu
que ela começou a passar
mal durante a madrugada.
Já a mãe, Lucilene dos
Santos Pereira, 32 anos,
que é separada de Cristiano,
mora na casa ao lado
e, na noite anterior à morte
de Isadora, esteve na casa
do ‘ex’ para ver a filha. Ela
admitiu em depoimento
que Isadora já estava mal,
com muita tosse e cuspia
sangue. No entanto, não
tentou socorrer a filha, ao
invés disso foi para casa,
para dormir. Ainda em seu
depoimento, ela relata que
não tinha boa relação com
o ‘ex’ e que há meses notava
que a filha estava debilitada
e doente, mas não
tinha conhecimento sequer
de quais eram os problemas
de saúde de Isadora.
O indiciamento dos pais
tem por base ainda o laudo
pericial. O documento,
assinado por um médico
legista de Alegrete, aponta
que Isadora pode ter sido
agredida. Ela estava com o
ombro esquerdo fraturado
ou luxado, tinha hematomas
na região axilar e
no rosto, além de feridas
corto contusas no nariz e na
região da bochecha direita.
Para o Delegado, há
indícios de que tanto o pai
quanto a mãe poderiam
ter agido a fim de evitar o
trágico resultado. Eles irão
responder por homicídio
qualificado por recurso que
impossibilitou a defesa da
vítima.
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