sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Órgãos de segurança irão paralisar hoje


Gabriela Barcellos

Órgãos de segurança realizam hoje uma paralisação em protesto ao novo parcelamento dos salários pelo Governo do Estado. Os servidores receberam R$ 800 de salário nesta primeira parcela.
Na Polícia Civil, a previsão é de que sejam registrados somente os casos de flagrante delito e ocorrência graves, de crimes como estupro, homicídio e latrocínio. Os registros de ocorrência de menor gravidade não deverão ser realizados. Em assembleia geral, a Associação dos Delegados de Polícia (Asdep) decidiu pela a) paralisação ao longo desta quinta-feira, atendendo somente os casos graves, a critério do delegado; b) suspensão das operações policiais, não apenas até a integralização do subsídio referente ao mês de agosto, mas até que o Governo do Estado solucione a falta de vagas nos presídios, motivadora da manutenção ilegal de presos em delegacias de polícia, o que coloca em risco a vida dos policiais, dos presos e da população (situação que virou rotina nas delegacias da capital e região metropolitana); c) manutenção apenas do atendimento essencial, a critério da autoridade policial, até a integralização do salário; d) não participação dos delegados nos desfiles de 7 e 20 de setembro, pela incoerência de dispender os já insuficientes recursos materiais e humanos com que contam os órgãos da Polícia Civil atualmente; e) expor à sociedade, inclusive através da imprensa, a crise da segurança pública, com dados referentes aos crimes que vêm acontecendo, falando sobre as dificuldades diárias para bem desempenhar o trabalho de polícia judiciária. As medidas são consideradas como orientações, ficando a critério de cada delegado de polícia.
O Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado do Rio Grande do Sul (Amapergs) também emitiu nota orientando a paralisação das escolas e manutenção somente dos serviços básicos, dentro das casas prisionais. De acordo com o diretor do Instituto Penal de Uruguaiana (IPU), Nilton Moreira, não há audiências marcadas para hoje e, portanto, a medida não deverá afetar em nada a rotina da casa prisional. Já na Penitenciária Modulada, de acordo com o diretor, Sandro Borlina, uma reunião entre os agentes será realizada nesta manhã para definir se a casa irá aderir à paralisação.

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