Gabriela Barcellos
Órgãos de segurança realizam hoje uma paralisação em protesto ao novo parcelamento dos salários pelo Governo do Estado. Os servidores receberam R$ 800 de salário nesta primeira parcela.
Na Polícia Civil, a previsão é de que sejam registrados somente os casos de flagrante delito e ocorrência graves, de crimes como estupro, homicídio e latrocínio. Os registros de ocorrência de menor gravidade não deverão ser realizados. Em assembleia geral, a Associação dos Delegados de Polícia (Asdep) decidiu pela a) paralisação ao longo desta quinta-feira, atendendo somente os casos graves, a critério do delegado; b) suspensão das operações policiais, não apenas até a integralização do subsídio referente ao mês de agosto, mas até que o Governo do Estado solucione a falta de vagas nos presídios, motivadora da manutenção ilegal de presos em delegacias de polícia, o que coloca em risco a vida dos policiais, dos presos e da população (situação que virou rotina nas delegacias da capital e região metropolitana); c) manutenção apenas do atendimento essencial, a critério da autoridade policial, até a integralização do salário; d) não participação dos delegados nos desfiles de 7 e 20 de setembro, pela incoerência de dispender os já insuficientes recursos materiais e humanos com que contam os órgãos da Polícia Civil atualmente; e) expor à sociedade, inclusive através da imprensa, a crise da segurança pública, com dados referentes aos crimes que vêm acontecendo, falando sobre as dificuldades diárias para bem desempenhar o trabalho de polícia judiciária. As medidas são consideradas como orientações, ficando a critério de cada delegado de polícia.
O Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado do Rio Grande do Sul (Amapergs) também emitiu nota orientando a paralisação das escolas e manutenção somente dos serviços básicos, dentro das casas prisionais. De acordo com o diretor do Instituto Penal de Uruguaiana (IPU), Nilton Moreira, não há audiências marcadas para hoje e, portanto, a medida não deverá afetar em nada a rotina da casa prisional. Já na Penitenciária Modulada, de acordo com o diretor, Sandro Borlina, uma reunião entre os agentes será realizada nesta manhã para definir se a casa irá aderir à paralisação.
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