segunda-feira, 8 de julho de 2013

Caminhoneiros queimam pneus em Uruguaiana

Apesar das mensagens publicadas nas redes sociais convocando paralisação de 72 horas, os protestos no Rio Grande do Sul, em grande não interromperam o trânsito, mas acharam atenção das comunidades e governantes para os problemas enfrentados pela categoria. 

A Federação dos Caminhoneiros Autônomos orientou os trabalhadores do setor a ficar em casa no dia de ontem. O presidente da entidade, Éder Dal’Lago, afirmou que vários dos que não atuaram aderiram às reivindicações nacionais, mas o restante não saiu para as ruas por temer possíveis bloqueios em estradas e incêndios provocados por vândalos. 

Em Uruguaiana, caminhoneiros interromperam o acesso ao Porto Seco queimando pneus e chamando a atenção com cartazes. A mobilização iniciou pela manhã e se estendeu ao longo do dia. Á tarde, policiais federais permaneceram na Ponte Internacional com o intuito de evitar que caminhoneiros interrompessem o trânsito. 

Embora não tenha ocorrido bloqueio de rodovias gaúchas, em São Paulo, em Minas Gerais e no Espírito Santo, caminhoneiros interromperam alguns trechos. No Km 250 da rodovia Cônego Domênico Rangoni, na região de São Bernardo do Campo, os motoristas fecharam a via com os caminhões na praça de pedágio, por volta das 10h. O engarrafamento foi de dois quilômetros. 

O Movimento União Brasil Caminhoneiro orienta a categoria a permanecer mobilizada e protestante nos próximos três dias. 

O caminhoneiro Eliseu Romero disse que o movimento partiu de grupos isolados e que o caminhoneiro em grande maioria quer trabalhar normalmente, sem protestos. Carlos Silveira discorda do colega e salienta que a classe está unida e que manterá as manifestações sem tumulto e com propósitos convictos.

Os caminhoneiros buscam redução de impostos sobre o óleo diesel, mais segurança nas estradas e melhoria da infraestrutura viária. A greve foi convocada pelo Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC), um dos sindicatos do setor, que uniu-se assim aos protestos que há três semanas estremecem ao país sul-americano.

Em uma nota divulgada hoje, o MUBC pediu a seus filiados a “manter o protesto” até na próxima quinta-feira.

“Serão 72 horas de mobilização”, por isso “recomendamos a todos a não programar viagens para esse período, para reduzir o número de veículos de carga nas estradas, mas sem causar transtornos aos cidadãos”, diz o comunicado.

O bloqueio em São Paulo, onde em 10 de junho uma alta dos preços do transporte público suscitou a onda de protestos que se regou depois por todo o país, começou a primeira hora de hoje e sua primeira e única consequência foi um enorme engarrafamento de passagem.

O comunicado do MUBC pede aos filiados ao sindicato “darem um apoio imediato às manifestações populares que se registram no país” e a “exigir do governo que melhore a situação do transporte de cargas no país”.

Nesse sentido, o sindicato exige “subsídios para o diesel, para baratear os preços dos alimentos e de todos os produtos”; a eliminação dos pedágios para os caminhoneiros e uma fiscalização maior dos motoristas que trabalham sem as devidas licenças.

A convocação do MUBC teve eco em São Paulo e em algumas regiões de Minas Gerais, onde várias estradas também foram bloqueadas por caminhoneiros.

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