O Centro de Atendimento Psicossocial de Uruguaiana, dedicado ao tratamento de dependentes de álcool e drogas enfrenta sérias dificuldades. Os pais dos pacientes do Caps fizeram contato com nossa reportagem nesta semana, quando denunciaram a situação. Segundo eles, os funcionários negam os problemas com medo de represálias, no entanto, a insatisfação é nítida, pois todos temem inclusive pela própria segurança.
Um dos pais que representa o grupo, senhor Edson Grecco, disse que o Caps já foi arrombado três vezes nos últimos meses, e que a invasão dos bandidos deve-se a falta de segurança no local. Os profissionais que atuam no Caps também se sentem ameaçados, já que são vítimas frequentemente das ameaçadas dos pacientes. Quanto a estrutura física, os pais ressaltam que o local foi inaugurado pelo antigo Governo Municipal, sem que as obras fossem concluídas. “O projeto prevê internação em tempo integral com quartos, banheiros, enfim, alojamento. Essa promessa não foi cumprida e o objetivo do atendimento em tempo integral continua no papel”.
Quanto aos médicos, os pais informaram que o Centro de Atendimento Psicossocial não possui psiquiatra – profissional fundamental no tratamento da dependência química.
Segundo o prefeito Luiz Augusto Schneider, a falta de médico psiquiatra está ligada ao déficit de profissionais no setor. “A falta de profissionais é geral.Temos dois psiquiatras em Uruguaiana e nenhum atende pelo SUS. Estamos viabilizando a contratação de uma profissional da área”, informou.
Ainda quanto ao atendimento dos portadores de dependência química, o município não está recebendo verbas do Governo Federal devido a falta de credenciamento junto ao programa. Para se cadastrar é preciso apresentar psiquiatra em seu quadro de funcionários e atender em horário noturno.
Apesar das dificuldades, os profissionais do Caps AD realizam um louvável trabalho, oferecendo oficinas artesanais, palestras e atividades sócio-educativas aos pacientes.
0 comentários:
Postar um comentário