Bullying no Castelo: Colegas ridicularizam menina durante desfile promovido na Escola

O bullying é crime e se você não sofreu, certamente, alguém bem próximo a você pode estar sofrendo.

Nesta semana, uma menina de 13 anos, estudante da escola Castelo Branco foi vítima de bullying durante um concurso de beleza que acontecia no pátio do educandário. As meninas desfilavam quando, ao entrar na passarela, a jovem foi vaiada por um grupo de estudantes que utilizaram cartazes para chamá-la de “chucky”, nome do boneco assassino do filme de mesmo nome. A estudante abandonou o concurso aos prantos e ligou para a mãe pedindo socorro, para que fosse resgatá-la. A mãe teria ameaçado chamar a Polícia e neste momento, segundo os relatos dos alunos e dos pais, a solução encontrada pelo vice-diretor Nasser Taha, foi a de rasgar os cartazes.

Nossa reportagem esteve na escola na manhã de ontem, porém o professor recusou-se a falar. “Ninguém vai falar com o CIDADE hoje!”, disse o prepotente professor, que em outras oportunidades já declarou aos alunos não ter medo de reclamações, nem que sejam dos pais dos estudantes.
Conversamos ontem á tarde com a mãe da estudante que confirmou o bullying sofrido pela filha. Segundo dona Marta, ao chegar à escola, depois de ser chamada pela filha, conversou com a Diretora, que procurou acalmá-la. “Elas me levaram a uma sala e pediram que eu tivesse calma. Foi minha filha quem ligou contando o que havia ocorrido e acho isso um absurdo. O certo seria que as professoras tivessem me procurado, pois elas são as responsáveis pela segurança dos estudantes dentro da Escola”, disse Marta. Segundo a mãe, no mês de junho, ela já havia relatado situação semelhante à direção. “Minha filha chegava em casa contando a respeito das agressões e eu a aconselhava a não dar bola. Além dela, outros colegas também eram apelidados pelo grupo e expostos ao ridículo. No mês de junho procurei a direção e prometi tomar uma atitude. Depois disso, o problema parecia ter sido resolvido, até que nesta semana, F. foi novamente vítima destas pessoas covardes”. Marta relata que foram as próprias agressoras que indicaram F. para o desfile, sugerindo que ela concorresse ao título. “As alunas indicaram o nome da minha filha para o concurso e pelo visto tudo era de caso pensado. A intenção era expor F. ao ridículo”.

Depois de socorrer a filha, Marta foi ao Conselho Tutelar. “Isso não ficará assim. Procurei o Conselho e hoje vou à Delegacia de Polícia. Também, prendendo mover ação judicial contra a escola”. F. não foi à aula na sexta-feira, mas deve retornar à escola nesta segunda. Marta garante que a filha enfrentará a situação de frente e não vai trocar de escola por causa das colegas. “F. está bem e pronta para voltar às aulas. Se alguém precisar fugir disso, são as agressoras”, finalizou Marta.

Este não é o primeiro caso de bullying registrado este ano em Uruguaiana, tampouco na escola Castelo Branco. A mãe de F. disse que outras crianças são submetidas diariamente ao bullying na escola.