Crédito: Gabriela Barcellos/JC |
Alex Sander Gonçalves da Silva, de 34 anos, era o responsável pelo cativeiro, na Rua Rodrigues
A identificação do homem, assim como o local do cativeiro, foi descoberta pela polícia ao longo da sexta-feira, após intenso trabalho. No final da tarde, o delegado Enio Tassi representou pela prisão temporária de Alex Sander, que foi imediatamente deferida pelo Poder Judiciário.
Ao ser interrogado, na Defrec, Alex Sander confessou sua participação no crime e disse que receberia R$ 30 mil para ‘fazer o serviço’. Até o momento, as investigações confirmam que ele fora somente um ‘peão’, contratado para tomar conta do adolescente, e não teve participação da no planejamento do crime.
Segundo Silva, o adolescente, raptado ao meio dia de terça-feira, foi entregue a ele já na parte da tarde, por um dos homens já presos pela polícia, Maikon Sanhudo da Rosa, acompanhado de outros dois homens, que ele diz não conhecer. Ainda conforme ele, os demais membros da quadrilha não retornaram ao cativeiro durante o restante do dia. Na noite de quarta-feira, os dois homens que acompanhavam Maikon anteriormente retornaram ao local para buscar o menor. Além do depoimento de Alex Sander, outras evidencias apontam para a participação de dois outros homens. Foram eles os responsáveis por soltar a vítima, na Rua Santana, centro da cidade, já que os outros suspeitos estavam sendo monitorados pela polícia.
Alex Sander também falou sobre o tratamento dispensando ao menor e negou que o tenha agredido ou o alimentado com ração de cachorro. Segundo ele, o menino recebeu “tratamento nornal” e comeu a mesma comida que todos na casa.
O crimeJ.P. foi raptado na Rua Tiradentes, no trajeto entre a escola onde estuda, Colégio Marista Santana, e sua casa, localizada na Rua XV de Novembro. Cerca de 20 minutos depois, sua mãe recebeu a primeira ligação, dizendo que o menor estava bem, mas seria morto se não fosse pago um resgate de R$ 200 mil. Ela procurou a polícia.
Identificação dos suspeitosAo analisar as imagens das câmeras, que registraram o exato momento do rapto, policias da Defrec e da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) conseguiram identificar o veículo utilizado pelos sequestradores, um Renault Logan prata, alugado em uma locadora local por Elisângela Fructos Campelo, irmã de Elisete Fructos Campelo, empregada doméstica da família. Logo os policiais chegaram aos outros dois autores presos, Maikon da Rosa, marido de Elisangela, e Élbio Fructos Campelo, também irmão das duas mulheres.
PrisõesDe posse dos mandados de busca e apreensão e de prisão temporária dos suspeitos desde às 2h de quarta-feira, o Delegado decidiu esperar, mantendo equipes de campana em cinco endereços prováveis de cativeiro, e na vigilância telefônica. A prioridade era garantir a segurança de J.P. e evitar que qualquer ação da polícia pudesse colocar em risco a vida do menor, que permanecia sob poder dos sequestradores. A polícia então fez cercos aos locais, pressionando e perturbando os sequestradores, até que os bandidos cederam e soltaram o adolescente, sem o pagamento do resgate.
Após, rapidamente foram cumpridos os mandados de busca e capturados Maikon, Elisângela e Élbio, conhecido como ‘Cabeça Quadrada’. Já Elisete se entregou na tarde de quinta-feira.
Todos estão recolhidos à Penitenciária Modulada Estadual de Uruguaiana, à disposição da Justiça.
Investigação continua
De acordo com o delegado Enio Tassi, a investigação continua. A prisão de Alex Sander, assim como dos demais envolvidos no crime, tem o prazo de 30 dias e pode ser renovada por mais 30 dias. Neste tempo, o inquérito policial deve ser concluído. Na tarde de ontem, a vítima, J.P.A.S.O. foi prestou depoimento pela primeira vez, na Defrec. Os policiais também refizeram o trajeto que o menor acredita ter feito no dia do rapto, já em poder dos sequestradores.
Gabriela Barcellos
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