Gabriela Barcellos
Movimentos de Mulheres e ativistas feministas estiveram envolvidas nos últimos dias com a campanha 16 Dias de Ativismo pelo Enfrentamento à Violência contra a Mulher. Parlamentares, instituições e ONGs fizeram atividades alertando sobre os altos índices de violência com crimes cada vez mais hediondos.
Em Uruguaiana, a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) foi instalada em 2014 e opera sob o comando da delegada Caroline Huber. No entanto, a estrutura da especializada ainda é bastante deficiente, especialmente no que tange a efetivo. Apesar da instalação de mais uma delegacia, na ocasião, nenhum policial foi trazido para Uruguaiana, mas sim deslocados de outras delegacias do município, formando assim uma equipe bastante reduzida. Ainda assim, são dezenas de atendimentos mensais e o trabalho não para. Junto com a Deam, o município recebeu a Patrulha Maria da Penha, da Brigada Militar, que atualmente atua com quatro policiais militares, uma vez por semana.
No entanto, vários outros serviços imprescindíveis para o sucesso no combate a violência doméstica não foram instalados. Para tentar suprir tais deficiências, em julho foi criada, a partir de uma mobilização da própria delegada Caroline, a rede de enfrentamento à violência doméstica, composta por vários órgãos, como Polícia Civil, Brigada Militar, Susepe, Poder Judiciário, Ministério Público e secretarias de Saúde e de Assistência Social e Habitação. Para Caroline, o trabalho vem dando resultado, porém, o momento é de incertezas em razão da troca de governo municipal. “É preciso que o Executivo participe ativamente e busque fortalecer a rede. Pelas conversas que tivemos até o momento. É preciso que o novo governo, especialmente as secretarias de Saúde e de Assistência Social, de continuidade ao trabalho”, explica a Delegada, que também atua como uma das coordenadoras da rede.
Quanto à criação de uma casa abrigo para as vítimas – estrutura de extrema necessidade – conforme ela ainda não há previsão, assim como a criação de um centro de referência no atendimento à mulher vítima de violência. “Esse centro de referência seria o ideal, mas se o CRAS e o Creas for fortalecido, consegue tranquilamente dar o suporte necessário”, conclui Caroline.
Desmonte
Na última quinta-feira, 8/12, a deputada Stela Farias (PT), procuradora Especial da Mulher na Assembleia Legislativa, foi à tribuna para fazer um alerta sobre o desmantelamento da Rede Lilás. “Essa rede importante foi firmada a partir da compreensão e da vontade política, nos primeiros dias do Governo Tarso. Agora, pouco a pouco, ela está sendo interditada pelo governo Sartori”, criticou. Para ela, para extinguir a primeira secretaria de Políticas para as Mulheres de um governo gaúcho, no “o governo Sartori foi rápido”.
De acordo com ela, foram R$ 5 milhões em equipamentos para as salas lilás, que estão sucateadas. Outro ponto citado foi a atuação das Patrulhas Marias da Penha. “Não estão cumprindo seu papel. Sabemos que há cidades onde a Patrulha não atua mais com mulheres vítimas de violência, mas com ronda, normalmente. Nossos direitos estão sendo retirados um a um”, reclamou.
Movimentos de Mulheres e ativistas feministas estiveram envolvidas nos últimos dias com a campanha 16 Dias de Ativismo pelo Enfrentamento à Violência contra a Mulher. Parlamentares, instituições e ONGs fizeram atividades alertando sobre os altos índices de violência com crimes cada vez mais hediondos.
Em Uruguaiana, a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) foi instalada em 2014 e opera sob o comando da delegada Caroline Huber. No entanto, a estrutura da especializada ainda é bastante deficiente, especialmente no que tange a efetivo. Apesar da instalação de mais uma delegacia, na ocasião, nenhum policial foi trazido para Uruguaiana, mas sim deslocados de outras delegacias do município, formando assim uma equipe bastante reduzida. Ainda assim, são dezenas de atendimentos mensais e o trabalho não para. Junto com a Deam, o município recebeu a Patrulha Maria da Penha, da Brigada Militar, que atualmente atua com quatro policiais militares, uma vez por semana.
No entanto, vários outros serviços imprescindíveis para o sucesso no combate a violência doméstica não foram instalados. Para tentar suprir tais deficiências, em julho foi criada, a partir de uma mobilização da própria delegada Caroline, a rede de enfrentamento à violência doméstica, composta por vários órgãos, como Polícia Civil, Brigada Militar, Susepe, Poder Judiciário, Ministério Público e secretarias de Saúde e de Assistência Social e Habitação. Para Caroline, o trabalho vem dando resultado, porém, o momento é de incertezas em razão da troca de governo municipal. “É preciso que o Executivo participe ativamente e busque fortalecer a rede. Pelas conversas que tivemos até o momento. É preciso que o novo governo, especialmente as secretarias de Saúde e de Assistência Social, de continuidade ao trabalho”, explica a Delegada, que também atua como uma das coordenadoras da rede.
Quanto à criação de uma casa abrigo para as vítimas – estrutura de extrema necessidade – conforme ela ainda não há previsão, assim como a criação de um centro de referência no atendimento à mulher vítima de violência. “Esse centro de referência seria o ideal, mas se o CRAS e o Creas for fortalecido, consegue tranquilamente dar o suporte necessário”, conclui Caroline.
Desmonte
Na última quinta-feira, 8/12, a deputada Stela Farias (PT), procuradora Especial da Mulher na Assembleia Legislativa, foi à tribuna para fazer um alerta sobre o desmantelamento da Rede Lilás. “Essa rede importante foi firmada a partir da compreensão e da vontade política, nos primeiros dias do Governo Tarso. Agora, pouco a pouco, ela está sendo interditada pelo governo Sartori”, criticou. Para ela, para extinguir a primeira secretaria de Políticas para as Mulheres de um governo gaúcho, no “o governo Sartori foi rápido”.
De acordo com ela, foram R$ 5 milhões em equipamentos para as salas lilás, que estão sucateadas. Outro ponto citado foi a atuação das Patrulhas Marias da Penha. “Não estão cumprindo seu papel. Sabemos que há cidades onde a Patrulha não atua mais com mulheres vítimas de violência, mas com ronda, normalmente. Nossos direitos estão sendo retirados um a um”, reclamou.
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