As apreensões de drogas, armas e veículos roubados nas faixas de fronteiras (FF) do Brasil aumentaram em 2013. Os dados dos principais indicadores em relação a 2012 estão no relatório preliminar da Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça (Senasp/MJ). O comparativo foi feito entre os meses de janeiro e outubro dos dois anos.
As apreensões de drogas nas FF aumentaram de 68 toneladas, em 2012, para 87 toneladas, em 2013. As apreensões de drogas nos estados, não considerando só as regiões fronteiriças, também registraram elevação de 92 toneladas, em 2012, para 136 toneladas, em 2013.
A quantidade de armas de fogo apreendidas saltou de 5.193 para 5.831 no comparativo.
As ações de enfrentamento e repressão ao roubo e furto de veículos foram intensificadas, gerando um crescimento no número de veículos recuperados. Foi de 3.717 para 5.680.
Os dados refletem as ações da Estratégia Nacional de Segurança Pública nas Fronteiras (Enafron), que desde 2009 já investiu mais de R$ 324 milhões em ações como capacitação dos profissionais de segurança pública, estruturação de unidades especializadas (rodoviárias, fluviais e lacustres), monitoramento, controle fronteiriço e implantação de sistemas de radiocomunicação digital e videomonitoramento na fronteira.
A Enafron tem atuação integrada dos órgãos de segurança pública, Receita Federal, Forças Armadas e os órgãos correspondentes dos países vizinhos. Por meio da Estratégia, são implementadas ações de integração federativa entre a União, estados e municípios situados na faixa de fronteira.
A atuação é dividida entre as regiões fronteiriças Norte, Central e Sul, nos estados do Acre, Rondônia, Amazonas, Roraima, Amapá, Pará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Em busca de maior compreensão sobre o quadro enfrentado em cada uma das regiões, grupos de estudos foram formados para realização de pesquisas de campo nas cidades de fronteira. Um destes grupos esteve em Uruguaiana no último semestre, quando se reuniu com autoridades da área de segurança pública, como Brigada Militar, Polícia Civil e secretaria de Segurança e Trânsito para obter informações, inclusive sobre as maiores dificuldades. O mesmo grupo também se reuniu com representantes de entidades de vários setores, como Associação Comercial e Industrial de Uruguaiana (ACIU) e Sindicato Rural, a fim de debater sobre as prioridades para a área, segundo estes líderes, as dificuldades que cada setor enfrenta quanto ao assunto e colher sugestões.
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