Conquista histórica de Sanchotene Felice será tema de Audiência Pública na Assembleia Legislativa gaúcha

O deputado Valdeci propôs a realização de audiência pública
após fazer leitura da manchete do Jornal CIDADE do dia 28 de julho:
'Foz mostra garras afiadas no primeiro faturamento'

A conta de água da população de Uruguaiana foi a pauta do expediente do deputado estadual Valdeci Oliveira (PT), na tarde da última terça-feira, na Assembleia Legislativa. O petista destacou os valores exorbitantes cobrados pela empresa Foz do Brasil, que foi contratada pela Prefeitura do município com objetivo principal de reduzir os valores da taxa. Valdeci propôs em conjunto com o deputado estadual Luis Fernando Schimidt (PT), a realização de uma audiência pública para tratar do tema.
Em seu pronunciamento Valdeci leu a manchete do Jornal CIDADE do dia 28 de julho que trazia em sua capa: Foz mostra garras afiadas no primeiro faturamento. O deputado Luís Fernando Schmidt fez questão de mostrar da Tribuna, a Edição aos demais colegas presentes, dizendo que a manchete confirma aquilo que a Corsan vinha alertando, sobre a consequência da privatização do serviço de abastecimento de água na cidade. “A população recebeu a promessa de que os valores seriam reduzidos, mas as contas de água que estão na minha mão, enviadas por moradores de Uruguaiana, contradiz o que foi dito pela Prefeitura. A verdade é que a tarifa teve uma elevação de 70%”, relatou. O deputado ainda revelou que todos os moradores da cidade são obrigados a pagar o serviço de saneamento, mesmo que não tenham esgoto em casa. Segundo o petista, a Prefeitura não informou aos contribuintes que no contrato assinado com a atual concessionária esta previsto uma quantidade mínima de consumo que é de 10m³. “Esta medida penaliza quem economiza no consumo em favor de quem utiliza muita água. Se uma pessoa viajar por 30 dias e nesse período não abrir uma única torneira, assim mesmo terá que pagar o equivalente a 10m³ ao final do mês”, explicou Valdeci. Valdeci ainda falou que a empresa Foz do Brasil justifica-se dizendo que a lei nacional de saneamento estabelece que a cobrança poderá levar em consideração a quantia mínima de consumo. Porém, o deputado petista discorda. “Pura falácia. Porque a lei fala que a empresa poderá levar em consideração a quantia mínima de consumo e que não que deverá levar esta medida em consideração. Além disso, não estabelece o que seria esse consumo mínimo, que nesse caso foi arbitrado pela Prefeitura de Uruguaiana e pela concessionária”, afirmou. Após a reunião de terça-feira com o prefeito Sanchotene Felice, a Foz anunciou que vai remodelar os moldes de cobrança.