sexta-feira, 13 de maio de 2011

Cargas da Toyota, Mercedes Benz e General Motors estão presas no Porto Seco de Uruguaiana

A medida do governo para dificultar as importações de veículos no país já está surtindo efeitos, segundo informações do site do jornal argentino "El Clarín". Segundo a publicação, mais de 2.000 automóveis produzidos no país vizinho já estão parados em portos do Brasil e na aduana de Uruguaiana. Seriam ao todo, 70 caminhões carregados com veículos da empresa Toyota. Desde terça-feira, os carros que chegam ao Brasil dependem de uma licença prévia para a liberação da guia, o que, até então, era feito de forma automática. A medida pode atrasar a entrada dos produtos em até dois meses.
Oficialmente, a mudança foi feita pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior para "monitorar o fluxo de importações" do setor, de acordo com a assessoria de imprensa do órgão.
A medida, no entanto, é uma retaliação do governo brasileiro ao argentino, que dificulta a entrada dos produtos nacionais naquele mercado. De acordo com o Clarín, até o momento, as restrições do governo afetaram o envio de três montadoras para o Brasil: Toyota, General Motors e Mercedes Benz. O jornal afirma, porém, que há vários navios, com automóveis de outras marcas com instalações na Argentina, a caminho de portos no Paraná e no Rio.

Na quinta-feira, a ministra da Indústria argentina, Débora Giorgi, reagiu à notícia das travas brasileiras à importação e afirmou que o Ministério do Desenvolvimento está "atuando de forma intempestiva e sem aviso, afetando 50% do comércio bilateral".

Em nota no site do ministério da Argentina, Giorgi afirmou que que quando a Argentina decidiu fazer alterações em suas licenças, o Brasil foi avisado com 30 dias de antecedência, o que, neste caso, não aconteceu.

"Esse tipo de comportamento atenta contra o diálogo natural dos sócios majoritários do Mercosul e, fundamentalmente, afeta o compromisso que assumiram as presidentes de equilibrar a balança comercial bilateral e conseguir uma industrialização haromônica em ambos os países", disse.

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