Os Rouxinóis iniciou na quinta-feira e encerrou na manhã de hoje, a escrita de um dos capítulos mais tristes de sua história. Renan Flores Rosado, 16 anos, mestre sala da escola, faleceu por volta das 19h30min do dia 17, vítima de uma descarta elétrica. Renan e outros integrantes da verde e branco estavam no Barracão, trabalhando incansavelmente na finalização de um dos carros alegóricos dos Rouxinóis, quando um fio de alta tensão acabou sendo cortado por uma mulinha que passava. Renan recebeu um choque elétrico que provocou uma parada cardio-respiratória. As pessoas que estavam no Barracão contam que o clima foi de desespero. Enquanto aguardavam pela chegada da ambulância, que demorou mais de 20 minutos, os colegas de Renan tentavam reanimá-lo. Já no hospital, os médicos avisaram que o jovem não havia resistido. A frente do Pronto Socorro ficou verde, ficou triste, ficou calada. Ninguém conseguia acreditar que o menino que há poucos dias, ao desfilar pela escola librenha Zum-Zum, havia recebido um prêmio, recebia agora um golpe fatal. O cenário carnavalesco que Renan fazia parte amanheceu de luto. Algumas Escolas, sem saber da morte de Renan, ensaiaram normalmente na noite de quinta, porém, ao receberem a notícia, a reação foi uma só: o Carnaval de Uruguaiana está aos prantos. A frente da funerária Santa Clara foi tomada pelos verdes. Muitos carros, presidentes e integrantes de outras agremiações, representantes do Governo e até amigos librenhos - todos queriam abraçar a família em que Renan nasceu e a família que Renan escolheu: Os Rouxinóis. A mãe do jovem estava inconsolada vestindo camisa dos Rouxinóis e apoiada pela presidente Marielly Abad, deu o último adeus ao filho no Cemitério Municial. O caixão foi carregado por integrantes da escola. Ao fundo, o som de um tambor misturava-se aos sussurros de dor e desespero da família. A família de Renan, assim como a comunidade carnavalesca, espera conscientização por parte das Escolas de Samba, e que os barracões passem a ser fiscalizados, monitorados, aprimorados, já que Carnaval é momento de festa e não de dizer adeus a quem se ama. Ficam dúvidas: A quem cabe fiscalizar? A quem cabe cuidar? Acidentes acontecem, mas podem ser evitados. "Este não é o terceiro melhor Carnaval do País".
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
Luto nos Verdes:Família verde e branco dá adeus a um de seus filhos mais apaixonados
Os Rouxinóis iniciou na quinta-feira e encerrou na manhã de hoje, a escrita de um dos capítulos mais tristes de sua história. Renan Flores Rosado, 16 anos, mestre sala da escola, faleceu por volta das 19h30min do dia 17, vítima de uma descarta elétrica. Renan e outros integrantes da verde e branco estavam no Barracão, trabalhando incansavelmente na finalização de um dos carros alegóricos dos Rouxinóis, quando um fio de alta tensão acabou sendo cortado por uma mulinha que passava. Renan recebeu um choque elétrico que provocou uma parada cardio-respiratória. As pessoas que estavam no Barracão contam que o clima foi de desespero. Enquanto aguardavam pela chegada da ambulância, que demorou mais de 20 minutos, os colegas de Renan tentavam reanimá-lo. Já no hospital, os médicos avisaram que o jovem não havia resistido. A frente do Pronto Socorro ficou verde, ficou triste, ficou calada. Ninguém conseguia acreditar que o menino que há poucos dias, ao desfilar pela escola librenha Zum-Zum, havia recebido um prêmio, recebia agora um golpe fatal. O cenário carnavalesco que Renan fazia parte amanheceu de luto. Algumas Escolas, sem saber da morte de Renan, ensaiaram normalmente na noite de quinta, porém, ao receberem a notícia, a reação foi uma só: o Carnaval de Uruguaiana está aos prantos. A frente da funerária Santa Clara foi tomada pelos verdes. Muitos carros, presidentes e integrantes de outras agremiações, representantes do Governo e até amigos librenhos - todos queriam abraçar a família em que Renan nasceu e a família que Renan escolheu: Os Rouxinóis. A mãe do jovem estava inconsolada vestindo camisa dos Rouxinóis e apoiada pela presidente Marielly Abad, deu o último adeus ao filho no Cemitério Municial. O caixão foi carregado por integrantes da escola. Ao fundo, o som de um tambor misturava-se aos sussurros de dor e desespero da família. A família de Renan, assim como a comunidade carnavalesca, espera conscientização por parte das Escolas de Samba, e que os barracões passem a ser fiscalizados, monitorados, aprimorados, já que Carnaval é momento de festa e não de dizer adeus a quem se ama. Ficam dúvidas: A quem cabe fiscalizar? A quem cabe cuidar? Acidentes acontecem, mas podem ser evitados. "Este não é o terceiro melhor Carnaval do País".
Postado por
Daiany Mossi
às
12:20:00
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1 comentários:
Tá na hora de dá um jeito nesses barracões mesmo. As pessoas que trabalham lá nunca são lembradas e nem pagas. Depois na avenida quem paga de herói são os grandões. O pessoal do barracão só se rala!!!
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