segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Pecuária: Melhoramento genético é fundamental para resultados

Nestor Tipa Júnior

Quem está entrando no ramo da pecuária de corte, seja criador ou profissional de campo, tem no melhoramento genético uma das principais ferramentas para a obtenção de resultados na propriedade. Para as raças Hereford e Braford, a Conexão Delta G vem desenvolvendo programas em parceria com entidades de pesquisa e empresas que visam trazer aos associados e clientes dos criatórios que compõem a entidade a melhor genética.
 Conforme o presidente do Conselho Técnico da Conexão Delta G, Bernardo Pötter, quem está iniciando na atividade precisa entender as etapas do programa de melhoramento genético. Explica que o primeiro passo é o controle de coleta de dados, que deve ser rigorosa, passando pelo entendimento e aplicação do conceito de grupos contemporâneos, que são grupos onde os animais recebem as mesmas oportunidades e serem comparados entre eles. “Depois vem a avaliação genética em si, que consiste em rodar os programas de avaliação e, por fim, interpretar os relatórios e exercer a seleção à campo. Estas são as etapas de como podemos aplicar o melhoramento genético na propriedade”, salienta.
De acordo com o especialista, no caso da Conexão Delta G, o Conselho Técnico da entidade junto com a empresa Gensys Consultores Associados, sempre orienta os técnicos das propriedades associadas. “ Os ensinamentos são passados aos estagiários recebidos nas propriedades. Desta maneira contribuímos para o melhoramento genético no país. Frisamos bem para quem inicia a vida profissional os conceitos e as etapas do melhoramento genético”, observa.
Sempre envolvida com pesquisa, um dos projetos de maior destaque da Conexão Delta G é o de seleção genômica para resistência ao carrapato bovino. Criado em 2009, tem a parceria da Embrapa Pecuária Sul, de Bagé (RS), e a Gensys Consultores Associados, com apoio da Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB). O programa desenvolve um projeto de seleção genômica para resistência ao carrapato, o qual combina dados de contagens de carrapato e de genealogia com informações de DNA, de modo a identificar e selecionar aqueles animais mais resistentes.
Mais de quatro mil animais de membros da Conexão Delta G no Rio Grande do Sul já foram avaliados e genotipados por meio da análise genômica, que é a associação entre a Diferença Esperada de Progênie (DEP) tradicional, gerada a partir da contagem de carrapatos, com as informações do DNA dos animais obtidas da genotipagem dos mesmos. Com isso, são identificados exemplares mais resistentes aos carrapatos e que são selecionados para a reprodução de bovinos com as mesmas características.

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