AES Uruguaiana prepara-se para a retomada da operação

As atividades para a retomada da operação da usina termelétrica da AES Uruguaiana, avançaram mais uma etapa. A empresa obteve a renovação da Licença de Operação da usina, concedida pelo IBAMA e necessária para a retomada de seu funcionamento.
O Ministério de Minas e Energia (MME), líder das negociações para a retomada da usina, vem estruturando, junto com a Petrobrás, Sulgás, TSB e a própria AES Uruguaiana, as medidas necessárias para que a termelétrica volte a operar. Há pontos que ainda precisam ser definidos, como a destinação da energia entre Brasil e Argentina, o transporte do gás em território argentino e a modalidade de comercialização da energia gerada. Possivelmente, o Gás Natural Liquefeito - GNL será utilizado para abastecer a usina e o transporte deve ser feito dentro do território argentino, uma vez que a térmica situa-se próxima à fronteira e existe infraestrutura de gasodutos provenientes da Argentina. Já a destinação da energia deve ser definida por um acordo entre os dois países.
“A retomada está em um estágio de estruturação, pois algumas questões ainda não estão fechadas, por isso não há uma data definida para o retorno da operação. Mas todos os agentes envolvidos estão fazendo um grande esforço para que isso aconteça em breve, devido à importância da usina para o Sistema Brasileiro e, em especial, para a região Sul”, afirma Arturo Gris, vice-presidente de Geração e Gestão da Energia da AES Brasil.

Histórico
A Uruguaiana é a primeira usina termelétrica a operar com gás natural no Brasil. A geradora iniciou suas atividades em 2000, na cidade de Uruguaiana, e tem capacidade instalada de 639 MW. A empresa faz parte do grupo AES Brasil, que também controla as distribuidoras AES Eletropaulo e AES Sul e a geradora AES Tietê. 

Em agosto de 2008, a YPF, empresa argentina responsável pelo fornecimento de gás natural à AES Uruguaiana, suspendeu o envio do insumo à empresa. Em função dessa suspensão, a AES determinou, em abril de 2009, a hibernação da usina, o que implicou na paralisação de suas atividades de operação.
A AES Uruguaiana mantém a manutenção e preservação dos equipamentos da usina.