Quando o amor dá lugar à violência, mulheres são submetidas ao ódio masculino

Guilherme Ferreira foi apresentado na Delegacia de Polícia na manhã do último sábado, após agredir a sua namorada, Luciana Luzardo. O fato aconteceu por volta das 8h, na Rua General Victorino, no apartamento da vítima. Segundo informações, o rapaz chegou a casa pela manhã e após discussão passou a desferir socos e pontapés contra a vítima. Depois, ainda tentou esfaqueá-la, o que por sorte não aconteceu, já que as facadas não perfuraram o corpo de Luciana. Populares acionaram a Brigada Militar e ao perceber a chegada da Polícia, o agressor se trancou no banheiro. Aos gritos, ele ameaçou se matar com uma lâmina se autolesionando. Contido pela Polícia, Guilherme foi levado ao Pronto Socorro e logo em seguida, à Delegacia de Polícia, onde foi preso pela Lei Maria da Penha. Luciana foi atendida na Santa Casa de Caridade, e após prestar depoimento foi liberada. Á tarde, uma nova ocorrência envolvendo violência doméstica. Um caminhoneiro, ao chegar a sua casa, por volta das 14h, passou a discutir com a companheira e possuído de ódio, jogou óleo diesel pela casa, ameaçando matá-la incendiada. Vizinhos escutaram os gritos de socorro e acionaram a Polícia. A Brigada conteve o agressor e o apresentou na DP. Ele também foi enquadrado na Lei Maria da Penha. Uruguaiana aparece em segundo lugar, na lista das cidades gaúchas com o maior índice de crimes práticos contra as mulheres. Recentemente, o delegado Thiago Albeche confirmou que 444 casos de agressão contra mulher foram registrados nos cinco primeiros meses do ano e o número atual já ultrapassa a marca dos 480 registros. O grande problema está fato de elas retirarem a queixa após os maridos serem presos, com isso, não permitem que a Justiça cumpra o seu papel e acabam contribuindo para que maridos machões voltem a agir.