A cada ano, cerca de 45 mil pessoas perdem suas vidas em acidentes de trânsito no Brasil. A violência envolvendo particularmente motociclistas está se tornando uma epidemia no país. O Rio Grande do Sul ocupa a 21ª posição no ranking de mortes por acidentes de motocicleta, com taxa de mortalidade de 4,1 para cada 100 mil habitantes. Entre 2002 e 2012, este número cresceu 134,8%. No Brasil, o índice é de 6,3 mortes por 100 mil habitantes. Dados preliminares do Ministério da Saúde apontam que, em 2013, os acidentes com motos resultaram em 12.040 mortes, o que corresponde a 28% dos mortos no transporte terrestre. No Rio Grande do Sul, foram 2.036 mortes em 2013.
Nos últimos seis anos, as internações hospitalares no Sistema Único de Saúde (SUS) envolvendo motociclistas tiveram um crescimento de 115% e o custo com o atendimento a esses pacientes de 170,8%. No Rio Grande do Sul, foram 1.518 internações em 2014, representando um gasto de R$ 2,5 milhões.
Diante desse cenário, o Ministério da Saúde está propondo uma série de ações intersetoriais, que deverão envolver outras esferas do Governo Federal, governos estaduais e municipais, para promoção de uma política específica de prevenção aos acidentes com motos. Nesta semana, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, apresentou algumas das iniciativas em discussão durante a 68ª Assembleia Mundial da Saúde, em Genebra.
Em Uruguaiana, são registrados, em média, dez acidentes por dia. Cerca de 85% deles envolvem motocicletas, Tais dados foram obtidos em levantamentos da Brigada Militar, da Santa Casa de Caridade e da secretária de Segurança e Trânsito.
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