A reinserção de pessoas com mais de quarenta anos ao mercado de trabalho torna-se a cada dia mais difícil. São chefes de família, pessoas que já passaram por grandes empresas e que ao perderam o emprego voltam às fileiras dos desempregados. De volta à batalha, eles tentam valer-se da experiência na concorrência por uma vaga, no entanto, a idade lhes submete ao preconceito e a disputa com os mais jovens se torna desleal. Nesta semana, o diretor do FGTAS/Sine de Uruguaiana, Thiago Inda, confirmou a existência deste problema. Ele disse que o mercado de trabalho é cruel e que os empresários buscam funcionários jovens e na maioria das vezes do sexo feminino. Segundo Thiago, a maioria dos candidatos com mais de 40 anos encaminhados para entrevista são desclassificados. Além disso, ao ligarem para o Sine pedindo funcionários, os empresários já antecipam a preferência por pessoas jovens. “Não podemos diferenciá-los. Se eles preenchem os requistos, a gente os encaminha para entrevista. É lamentável que a experiência destas pessoas esteja sendo desvalorizada”. Sem oportunidade no mercado formal, elas aceitam trabalhar sem carteira assinada e sem a garantia de seus direitos. Passam a atuar como taxistas, motoboys, vendedores ambulantes ou deixando a cidade em busca de oportunidades. Thiago Inda ressalta que o mercado de trabalho em Uruguaiana restringisse a oferecer vagas às pessoas jovens, no entanto, é preciso haver novo entendimento. “As pessoas com mais de 40 anos precisam sustentar suas famílias, tem comprometimento com o trabalho e precisam ser valorizados”, finalizou.
0 comentários:
Postar um comentário