sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Universidades federais temem mais cortes de verbas em 2017


Bibiana Dionísio
Isabela Camargo

O corte de verbas pela União neste ano preocupa professores e estudantes de universidades federais do Rio Grande do Sul. O temor é que a queda seja ainda maior em 2017.
Em Santa Rosa, no Noroeste do estado, o corte de verbas foi de 45% no Instituto Federal Farroupilha. Ao todo são R$ 600 a menos no orçamento. Para economizar, a direção apagou até a luz dos corredores.
Em Uruguaiana, a situação se repete. O curso de medicina, por exemplo, deveria receber este ano R$ 5 milhões de investimento.
Entretanto, até agora apenas R$ 1 milhão foram repassados. O diretor da Unipampa de Uruguaiana, João Cléber de Andrade, observa que todas as obras que estavam em andamento foram paradas pela falta de recursos.
“A nossa preocupação é de que estes ambientes não fiquem expostos ao tempo, porque depois eles vão ser degradados e, consequentemente, deverá ser feito um novo processo, para uma nova reforma, para uma nova construção”, pondera o diretor.
Mais de 30 prédios em construção aguardam recursos na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), na Região Central do estado. O orçamento previsto era de R$ 160 milhões, mas os cortes já alcançam R$ 56 milhões. 
Além disso, na pós-graduação 75% das bolsas de pesquisa já foram cortadas neste ano. E na graduação, há um temor entre os professores de que, no próximo ano, podem faltar até materiais básicos para as aulas práticas nos laboratórios. Há 30 mil alunos em três campi.
“Toda parte administrativa foi feita, contratação de empresas, ou mesmo pregão, prevendo compras para o ano que vem sendo foi feito, agora basta saber se tem recurso para o pleno funcionamento”, observa o chefe do departamento de química da UFSM, Neri Paniz.
O reitor da UFSM, Paulo Burmann, diz que agora a trabalho é “sensibilizar” os parlamentares “Para que no Congresso Nacional recomponham essa lei orçamentária para as universidades.” No campus da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), em Erechim, os repasses caíram quase 30%. A direção já cortou terceirizados, serviços de manutenção e até a compra de livros.

0 comentários: