quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Arrozeiros estão preocupados com custo de produção


Faltando um mês para o principal evento da cadeia produtiva do arroz no Brasil, o cenário é de bons preços para o produto, que chegam a R$ 38,00 a saca no mercado gaúcho, mas de apreensão com os custos de produção nas lavouras. A avaliação é do presidente da Federarroz, Henrique Dornelles. 
Conforme Dornelles, o evento será o momento de externar aos governantes a preocupação com os custos que prejudicam o setor. Afirma que serão apresentados estudos que mostram a realidade que os orizicultores enfrentam com a perda de rentabilidade devido a este fator. Temos um cenário de bons preços, mas que inspira cautela devido aos altos custos de produção. Neste momento de abertura da colheita queremos externar nossa preocupação com este item que parece não inspirar nenhum tipo de cuidado das instâncias maiores. Traremos algumas considerações e apresentaremos uma pesquisa sobre custos de produção, revela.
Dornelles salienta que somente na energia elétrica, que pode representar quase 10% dos custos de produção, o reajuste chegou a 30%. Lembra também que diesel e mão-de-obra subiram, entretanto em escalada menor, mas não menos importante. Peças de reposição e lubrificantes, algo que nem a Conab contabiliza na projeção de custos, possuem uma correção anual e hoje já é uma preocupação, mesmo para empresários de grande porte com maquinário atualizado. Assim, a formação da próxima lavoura vai ser um ponto extremamente crítico para o próximo período. Para agravar a situação, assuntos considerados superados retornam à pauta das entidades e lideranças. A subvenção do seguro agrícola oficial está sob risco, podendo agravar ainda mais uma situação que já é delicada, ressalta.
A estimativa para este ano é que a colheita do arroz chegue a 8,29 milhões de toneladas, conforme as últimas estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

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